Eficiência reprodutiva e produtiva de ovelhas submetidas à indução e sincronização de estro com progesterona e gonadotrofina coriônica equina
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Data
2020Autor
Saraiva, Livia Cristina Vale Fidalgo, 1993-
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Resumo: Protocolos de indução e sincronização de estro são realizados durante o anestro estacional e durante o período reprodutivo com o objetivo de produzir cordeiros na entressafra e concentrar o manejo de acasalamentos e partos, respectivamente. Objetivou-se avaliar a eficiência reprodutiva e produtiva de fêmeas ovinas submetidas a protocolo de indução e sincronização de estro com diferentes doses de Gonadotrofina Coriônica Equina (eCG) e o desempenho de seus cordeiros. O experimento I foi realizado durante o anestro estacional, no mês de outubro de 2018, onde, cinquenta e duas ovelhas das raças White Dorper e Suffolk, com idade entre dois e oito anos, foram delineadas em quatro tratamentos em blocos casualizados segundo a idade. No experimento II, trinta e seis ovelhas das raças White Dorper e Suffolk, com idade entre um e quatro anos, foram delineadas em quatro tratamentos em blocos casualizados segundo a idade, durante a estação reprodutiva, em junho/2019. Para ambos os experimentos os tratamentos foram: (T0) 0 UI de eCG; (T165) 165 UI de eCG; (T330) 330 UI de eCG e (T500) 500 UI de eCG. As fêmeas foram submetidas a protocolo hormonal a base de progesterona, prostaglandina e diferentes doses de eCG. Os índices reprodutivos avaliados foram: taxa de manifestação de estro, taxa de concepção, taxa de parição e taxa de prolificidade. Para o desempenho produtivo dos cordeiros foram monitorados o peso ao nascer, peso ao desmame e taxa de sobrevivência dos cordeiros. Os custos do protocolo hormonal, mão de obra e materiais utilizados foram utilizados para análise de custos em cada tratamento. No experimento I, os tratamentos influenciaram significativamente (P<0,01) todas as variáveis reprodutivas do presente estudo, sendo T0 o tratamento mais eficiente para taxa de manifestação de estro, concepção e parição; a maior dose de eCG T500 foi responsável pela maior taxa de prolificidade, que aumentou conforme o aumento das doses de eCG. O aumento gradativo das doses de eCG aumentou significativamente (P<0,01) o número de partos múltiplos e reduziu a taxa de sobrevivência, porém, não influenciou o peso ao nascer e ao desmame (P>0,05) dos cordeiros. A utilização de maiores doses de eCG proporcionou menor rentabilidade, sendo T500 responsável pelo maior custo por fêmea prenha, número e peso de cordeiro nascido. Os níveis de progesterona plasmática não foram influenciados pelas doses de eCG (P>0,05). No experimento II, a taxa de prolificidade aumentou conforme o incremento das doses de eCG e foi maior no T500 (P<0,01), já a taxa de manifestação de estro foi superior nos tratamentos com eCG (T165,T330 e T500) em relação ao grupo controle (T0) (P<0,01). As taxas de parição e de concepção não foram influenciadas pelas doses de eCG assim como o peso ao nascer, ao desmame e a taxa de sobrevivência. Houve influência dos tratamentos sobre o percentual de partos múltiplos, conforme o incremento das doses de eCG, e o custo do protocolo por fêmea prenha e kg/cordeiros nascido aumentou conforme o aumento das doses de eCG. As doses de eCG não influenciaram significativamente (P>0,05) as concentrações de progesterona plasmática. Dessa maneira, doses inferiores à recomendada pelos fabricantes (500 UI) podem ser utilizadas durante a estação e contra estação reprodutiva, sem afetar negativamente o desempenho reprodutivo e produtivo de ovelhas e de seus cordeiros, gerando menor custo à produção de ovinos. Palavras chave: Protocolo hormonal, ovinos, estação reprodutiva, contra estação reprodutiva Abstract: Protocols of oestrous induction and synchronization are performed during and out of breeding season aiming to produce lambs in the out season and to concentrate matings and births, respectively. The aim was to evaluate the reproductive and productive performance of ewes submitted to estrus induction and synchronization protocol with different doses of Equine Chorionic Gonadotrophin (eCG) and the performance of their lambs. The Experiment I was carried out of breeding season - October, 2018- and fifty-two White Dorper ad Suffolk ewes sheep, aged 2-8 years, were outlined in four treatments in randomized blocks according to age. In experiment II, thirty-six White Dorper and Suffolk ewes, aged 1-4 years, were outlined in four treatments in randomized blocks according to age, in the breeding season - June, 2019. For both experiments the treatments were: (T0) 0 IU eCG; (T165) 165 IU eCG; (T330) 330 IU eCG and (T500) 500 IU eCG. The ewes were submitted to a hormonal protocol based on progesterone, prostaglandin and different doses of eCG. For reproductive performance there were evaluated: estrus occurrence, conception rate, birth rate and prolificacy rate. For productive performance, birth weight, weaning weight and lamb survival rate were monitored. The costs of the hormonal protocol, manpower and materials were used to analyse costs in each treatment. In experiment I, the treatments significantly influenced (P <0.01) all reproductive variables in the present study, with T0 being the most efficient treatment for oestrous occurrence, conception and birth rate; the highest dose of eCG T500 was responsible for the highest rate of prolificacy, which increased with the increase in eCG doses. The gradual increase in eCG doses significantly increased (P <0,01) the number of multiple births and reduced the survival rate, but did not influence the birth weight and weaning weight (P> 0,05) of the lambs. The use of higher doses of eCG provided higher costs and T500 were responsible for the highest cost per pregnant female, number and weight of born lambs. Plasma progesterone levels were not influenced by eCG doses (P> 0,05). In experiment II, the prolificacy rate increased with the increase in eCG doses and was higher in T500 (P <0,01). The estrus occurrence was higher in treatments with eCG (T165, T330 and T500) than in control group (T0) (P <0,01). The birth rate and conception rate were not influenced by the eCG doses as well as birth weight, weaning and survival rate. Treatments affected the percentage of multiple births as the eCG doses increased; the cost of the protocol per pregnant ewe and per kg / lambs born increased as the eCG doses increased. The eCG doses did not significantly influence (P> 0,05) the plasma progesterone concentrations. In this way, lower doses of eCG than the recommended by the manufacturers (500 UI) can be used during and out of breeding season without negatively affecting the reproductive and productive performance of ewes and the performance of their lambs, generating lower cost to sheep production. Keywords: Hormonal protocol, sheep, breeding season, out of breeding season
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