RELAÇÕES DE GÊNERO E COMPETITIVIDADE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Data
2019-10-13Autor
Beatriz Spisila
Gabriele Pereira da Silva
Fabíola Paiva Iactchak Prybylski
Rogério Goulart da Silva
Maria Regina Ferreira da Costa
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Mostrar registro completoResumo
A partir das experiências vivenciadas através do projeto PIBID na Escola Municipal Julia Amaral Di Lenna com alunos/as do 2º ano do ensino fundamental, através da vivência das aulas de Educação Física, identificamos alta taxa de competitividade. O objetivo do trabalho é compreender a magnitude desse fenômeno. Com base nas intervenções observamos o anseio das crianças pela vitória, repulsa a derrota e frustração e a separação de meninos e meninas, quando competiam esses dois grupos, geralmente, as meninas tendiam a desistir ao enfrentar um colega menino. Observa-se uma diferença entre o nível de competitividade de meninos e meninas e entre os mais aptos e os menos aptos. Os meninos são influenciados desde sempre pela nossa sociedade para que sejam superiores, mais fortes, protetor, isso revela, mais tarde, frustração perante a derrota, pressão e ansiedade. Porém, o objetivo da Educação Física na escola não é formar atletas e tampouco provocar rivalidade entre alunos, entre alunas ou entre alunos e alunas, mas formar sujeitos para participar das mais diversas experiências corporais que a vida propicia. Nesse sentido, cabe ao professor/a ficar atenta às ações, linguagem, metodologia, etc. porque estas instituem significados, isto é, é fundamental que o/a docente problematize as situações que emergem nas aulas e dialogue com meninos e meninas para que compreendam o que fazem, dizem e ao mesmo tempo construam sentido e significado ao que fazem. Portanto, é papel do professor de Educação Física inserir princípios e valores a favor de uma prática que incentive a participação, aprendizagem, aperfeiçoamento, descobrimento de suas potencialidades e habilidades, integrando os gêneros e estimulando a convivência de forma igualitária. Pois assim, as novas gerações aprendem a relação entre os sexos respeitando e reconhecendo a diferença e diversidade nos modos de ser e se comportar. Cabe salientar que a problematização da prática docente é fundamental para propiciar aos meninos e meninas práticas que possibilitem a ressignificação da cultura.