Educação financeira para jovens e adultos que frequentam o Centro da Juventude de Pinhais
Resumo
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar a educação financeira sob uma perspectiva crítica, contextualizada nas dinâmicas sociais, econômicas e culturais que impactam jovens em situação de vulnerabilidade. Considerando a questão social, conforme fundamentada por Iamamoto (2001), reflete-se diretamente sobre as desigualdades estruturais da sociedade capitalista e sua relação com o acesso a recursos e oportunidades. A abordagem de Rubem Alves e Edgar Morin sustenta que a educação financeira deve transcender técnicas tradicionais, permitindo um pensamento crítico, consciência social assim como reflexão acerca de questões éticas e ambientais. A pesquisa foi realizada no Centro da Juventude de Pinhais/PR, com atividades participativas relacionadas à educação financeira, à organização de metas pessoais e reflexões acerca das desigualdades sociais. Identificou-se que os jovens conectam o dinheiro aos seus sonhos, porém enfrentam diversas barreiras impostas pela estrutura socioeconômica, reforçando a necessidade de políticas públicas integradas. Também discutiu-se o Antropoceno como marco das inter-relações entre escolhas financeiras, sustentabilidade e responsabilidade social. A pesquisa revelou que a educação financeira deve ser uma ferramenta para autonomia, protagonismo social e formação de cidadãos críticos, capazes de contribuir de modo responsável para uma sociedade mais justa e sustentável.