Educação linguística em inglês nos anos iniciais do ensino fundamental : tecendo histórias, experiências e reflexões

Abstract

Resumo: Nesta dissertação, apresento percepções da comunidade escolar a respeito do processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa nos anos iniciais (1º a 5º ano) do Ensino Fundamental. Reflito a respeito dessas percepções sob a luz dos estudos sobre Inglês como Língua Franca, translinguagem e decolonialidade. A pesquisa foi desenvolvida na cidade de Curitiba, em uma escola da rede privada de ensino. Nesse contexto, observei a influência de conceitos e valores atribuídos às aulas de língua inglesa nos anos iniciais do Ensino Fundamental, conceitos estes que reverberam visões de língua vinculados à colonialidade da linguagem. O objetivo geral da pesquisa foi investigar como a comunidade escolar percebe e avalia o aprendizado de língua inglesa que é promovido nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A autoetnografia foi a metodologia utilizada para estudo. A escrita de um diário de campo foi realizada para registrar falas das/os estudantes, de seus familiares e da equipe gestora e pedagógica da escola, bem como para o registro de eventos relativos ao problema de pesquisa. Também foram promovidas rodas de conversa com a participação das/os estudantes. A partir da leitura dos registros do diário de campo e da escuta das gravações das rodas de conversa, foi realizada a escrita de um capítulo de reflexão sobre os temas levantados, entre os quais o lugar que a língua inglesa ocupa na sociedade de acordo com a visão da comunidade escolar, que variedades da língua inglesa são prestigiadas por essa comunidade, como as/os estudantes e familiares avaliam a qualidade do ensino promovido e como o uso de língua materna é percebido pelos participantes da pesquisa. Foram então desenvolvidas proposições de práticas pedagógicas que visam a educação linguística em língua inglesa como prática social, a ampliação do uso da língua inglesa nas aulas, o alinhamento da equipe de professoras/es que ministram a disciplina na escola, a construção de currículos e formas de decolonizar a aula de língua inglesa

Abstract: In this dissertation, I bring perceptions of the school community about the teaching-learning process of the English language in the first years (1st to 5th year) of Elementary school. I reflect about these perceptions considering the studies of English as Lingua Franca, translanguaging and decoloniality. The research was developed in the city of Curitiba, in a school that belongs to the private education system. In this context, I observed the influence of concepts and values that are attributed to the English language lessons that take place in the first years of Elementary school. Such concepts resonate visions of the language that are linked to the coloniality of language. The main goal of this research was to investigate how the school community perceives and evaluates the learning of the English language that is promoted in the first years of Elementary school. Autoethnography was the methodology used for this study. A field journal was written in order to register the utterances of students, their relatives and the school pedagogical and management team, as well as to register the events that were related to the research problem. I also promoted roundtable discussions with the students’ participation. After reading the registers in the field journal and listening to the recordings of the roundtable discussions, I wrote a chapter in which I reflect about the themes that emerged, such as the place that English has in the society according to the school community, what are the privileged varieties of English that the community favours, how students and their relatives evaluate the quality of the teaching that is promoted and how the use of the students native language (Portuguese) is perceived by the participants of the research. Subsequently, I developed propositions of pedagogical practices that aim at promoting linguistic education in English as a social practice, increasing the use of the English language during lessons, aligning the team that teaches English in schools, building curriculum, and decolonizing the English language lessons