Interface entre escola e saúde mental : centros de atenção psicossocial infanto juvenil sob a perspectiva de profissionais da educação
Resumo
Resumo: A prevalência de sofrimento psíquico em crianças e adolescentes brasileiros é de 10 a 25%. O impacto desse sofrimento é muitas vezes evidenciado no contexto escolar, tendo o professor como profissional responsável por identificar as dificuldades do aluno, lidar com eles no cotidiano escolar e encaminhar para serviços especializados quando necessário. Essa relação da escola com a saúde mental de seus alunos é um tema de grande importância, pois quando o aluno não tem suas dificuldades acolhidas da melhor maneira, isso impacta em sua aprendizagem e consequentemente no seu desempenho na escola. Objetivo: o objetivo deste estudo foi analisar correlatos do conhecimento de profissionais do Ensino Fundamental I da rede pública do município de Curitiba/PR sobre a saúde mental Infanto Juvenil com os dados sociodemográficose a formação. Metodologia: tratase de estudo misto, com estudo de caso, investigando profissionais da educação do ensino fundamental de uma das regionais de Educação do Município de Curitiba. O procedimento para coleta de dados consistiu em preenchimento de formulário na plataforma Google Forms (quantitativa) com análise através do teste de regressão linear múltipla e entrevista semiestruturada (qualitativa) por meio da análise de conteúdo. Resultados: 30 profissionais responderam o questionário e 3 participaram da entrevista. A análise quantitativa dos dados não apontou correlação entre as variáveis:percepção do conhecimento dos professores sobre a saúde mental infanto juvenil(dependente) e tempo de atuação no Ensino Fundamental I, grau de escolaridade (ensino médio, ensino superior, pós-graduação), formação na área de saúde mental infantil (independente). Os dados qualitativos evidenciam que lidar com a saúde mental de alunos exige paciência e sensibilidade, além de exaltar a importância e necessidade de colaboração entre professores, equipe pedagógica, familiares e serviços de saúde mental. Como limitações do estudo, evidencia-se a pequena quantidade de participantes e ausência de perguntas objetivas e questionários padronizados, dificultando a possibilidade da correlação e generalização dos resultados Abstract: The prevalence of psychological distress in Brazilian children and adolescents ranges from 10% to 25%. The impact of this distress is often observed in the school context, with teachers being the professionals responsible for identifying students' difficulties, addressing them in daily school life, and referring them to specialized services when necessary. This relationship between schools and the mental health of their students is a highly important topic, as students' learning and academic performance can be significantly affected when their difficulties are not adequately addressed. Objective: This study aimed to analyze correlations between the knowledge of public elementary school teachers (Grades 1-5) in Curitiba, Paraná, about child and adolescent mental health, and their sociodemographic data and professional training. Methodology: This is a mixed-method study using a case study approach, investigating elementary education professionals from one of Curitiba's educational districts. Data collection procedures included completing a Google Forms questionnaire (quantitative data), analyzed using multiple linear regression tests, and conducting semi-structured interviews (qualitative data), analyzed through content analysis. Results: Thirty professionals completed the questionnaire, and three participated in the interviews. Quantitative data analysis did not reveal correlations between variables such as teachers' perceived knowledge of child and adolescent mental health (dependent variable) and their years of experience in elementary education, educational level (high school, undergraduate, or postgraduate), or training in child mental health (independent variables). Qualitative data highlighted that addressing students' mental health requires patience and sensitivity, emphasizing the importance and necessity of collaboration among teachers, the pedagogical team, families, and mental health services. Study limitations: The study's limitations include the small number of participants and the lack of objective questions and standardized questionnaires, which hindered the possibility of correlation and generalization of the results
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