CONSUMO E SÉRIE DE ANIMAÇÃO: CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA POSSÍVEL ESTRATÉGIA TRANSMÍDIA E EXPERIÊNCIA DE TV EM “HORA DE AVENTURA”
Resumo
Este artigo visa levantar pressupostos teóricos no intuito de verificar se a série de animação “Hora de Aventura” (PENDLETON WARD, 2010) se utiliza da narrativa transmídia em sua estratégia junto ao público alvo para após, tecer algumas breves considerações sobre a influência dessa abordagem no que concerne a experiência de TV. Dessa maneira, num primeiro momento, o texto fala sobre indivíduo e experiência de TV para, a seguir, discutir brevemente sobre características básicas da narrativa transmídia. Na etapa seguinte, é introduzida a série “Hora de Aventura” e a descrição dos produtos midiáticos advindos da série de animação selecionados e suas análises para, e com base nos pressupostos levantados, verificar se a narrativa transmídia se realiza na estratégia midiática . Por enfim, intenciona-se refletir se essa estratégia influencia na experiência de TV do espectador e, se de alguma forma, fomenta o consumo da narrativa seriada de animação em questão. A importância deste artigo se justifica por abordar uma produção contemporânea de grande repercussão entre o público infanto-juvenil e que combina, como poucas produções de animação, certo nível de complexidade narrativa e temática. Para tanto, o texto percorre áreas como identidade, sociedade, experiência televisiva, narrativa transmídia e consumo por meio da abordagem de autores como Raymond Williams, Stuart Hall, Zigmunt Bauman, Henry Jenkins, Everardo Rocha, Yvana Fechine et al, Arlindo Machado e Vicente Gosciola. Como metodologia, optou-se pela pesquisa bibliográfica e qualitativa exploratória com estudo de caso único que se desenvolve no decorrer do texto a partir do diálogo entre teoria e análise.