dc.description.abstract | O presente artigo tem como objetivo atualizar a fala mítica felicidade enquanto uma mercadoriaprovisória na contemporaneidade, analisando-a a partir de sua estética estilística e simbólica dascores, por sua vez atreladas às suas formas de consumo representadas pelos personagens de AEspuma dos dias (L’écume des jours, 1947), de Boris Vian (1920-1959) e da obra cinematográficade mesmo título de 2013 de Michel Gondry. Para tanto, a análise empregada ampara-se às teoriasliterárias, da comunicação, semióticas, simbólicas e mitológicas (em Compagnon, Sant‟Anna,Benardet, Blanchot, Barthes e Chevalier), bem como esta se perfila às concessões históricas,econômicas e estereótipos culturais avaliadas das obras elencadas. Desse modo, constatando-se que,a estética surreal de ambas as narrativas é organizada conforme a consumação de emoções dossentimentos de suas personagens, logo se sugere haver nessas linguagens (literária e fílmica) arepresentação de um sistema simbólico responsável pela arquitetura narrativa na qual aspersonagens transitam, portanto, sujeita ao êxtase ou a refração sentimental de suas protagonistas.Nesse sentido, do mapeamento estilístico e simbólico realizados, tem-se estabelecida nacontemporaneidade a fala mítica felicidade atravessando as obras citadas como uma mercadoriasimbólica, ou seja, um bem provisório nos jogos de consumo que constitui as narrativas literária efílmica de empreendidas. | |