SEXUALIDADE E ESCOLA: UM ESPAÇO DE APRENDIZAGEM E CONSCIENTIZAÇÃO
Resumo
Os conteúdos curriculares sobre o tema sexualidade são, por vezes, abordados de forma pouco aprofundada em sala de aula, embora este seja um tema que desperta bastante interesse e dúvidas entre os jovens e adolescentes. Além disso, é preciso desconstruir tabus existentes a respeito do assunto. Segundo uma pesquisa divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde, apenas 5,5% das escolas brasileiras trabalham semanalmente conteúdos como “Aids e as demais IST’s” (infecções sexualmente transmissíveis), devido a diversas dificuldades que vão desde o despreparo do professor e o receio dos pais em discutir alguns temas considerados tabus até a atual cultura sexista existente no país. O presente trabalho teve como objetivo realizar atividades educativas sobre o tema sexualidade para estudantes do ensino médio (faixa etária entre 15 e 19 anos), de uma escola da rede estadual de ensino, na cidade de Ponta Grossa, PR, com o intuito de promover a educação sexual e a educação em saúde. A partir de uma demanda da escola parceira do PIBID-Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa e com o consentimento da direção, a equipe PIBID constituída pelos estagiários, professora supervisora e professora coordenadora de núcleo organizou algumas oficinas sobre o tema sexualidade e educação sexual. Optou-se pelo formato de aulas expositivas e dialogadas, utilizando uma linguagem simples e acessível aos estudantes. Durantes as intervenções, foram discutidos diversos conteúdos relacionados ao tema sexualidade, como: fisiologia da reprodução, ciclo menstrual, métodos contraceptivos (DIU, diafragma, pílulas anticoncepcionais e “tabelinha”, entre outros), gravidez na adolescência e as principais IST’s (AIDS/HIV, sífilis, HPV). Visando reconstruir conceitos e aprimorar os conhecimentos adquiridos pelos adolescentes, após as apresentações foram executadas algumas dinâmicas de grupo, do tipo “perguntas e respostas” e “certo ou errado?”. Para finalizar, os estudantes também foram incentivados a fazer perguntas, tirar dúvidas e comentar sobre o que aprenderam. As intervenções educativas foram avaliadas positivamente tanto pelos estagiários pibidianos como pelos adolescentes participantes. O desafio de organizar esta prática pedagógica, a partir da observação da realidade escolar, considerando e atendendo à diversidade da sala de aula possibilitou ao grupo articular os objetivos de ensino com os objetivos de realização dos estudantes, favorecendo, assim, a interação e a cooperação entre todos.