Preconceito Linguístico na escola: ensino e desafios

Abstract

Este trabalho objetiva a discussão sobre o ensino do tema “Preconceito Linguístico” na escola. O preconceito linguístico é o desrespeito às variedades linguísticas manifestadas pelo indivíduo e apresenta como uma das causas a confusão histórica entre língua e gramática normativa (BAGNO, 1999). A discussão sobre esse tema tem pouca visibilidade nas mídias e redes sociais em comparação a outros tipos de preconceitos, sendo um problema bastante presente na sociedade brasileira por implicar em estigmatização de determinados grupos sociais em razão de sua forma de falar. Sendo assim, torna-se imprescindível aos mediadores da educação a apresentação e discussão do tema com os alunos. Apesar de o assunto relacionado constar na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018, p.83), o preconceito linguístico tem sido pouco abordado ou até mesmo negligenciado em planos de aulas do professor ou em material didático. O presente projeto, portanto, busca formas diferentes e alternativas para a abordagem do tema “preconceito linguístico” na sala de aula, assim como os desafios e barreiras acerca do assunto. Essa discussão será baseada em experiências de regências ministradas pelas bolsistas Carolyne Dornelles Melo e Jacqueline Cherobin Martins do Pibid Letras-Português da Universidade Federal do Paraná, em três turmas do oitavo ano do Ensino Fundamental II do Colégio Estadual do Paraná, localizado na cidade de Curitiba (PR). Nas intervenções, os conceitos de língua, variantes linguísticas, gramática normativa e as implicações sociais que geram o preconceito linguístico serão abordadas. Assim como as metodologias utilizadas na sala de aula para o ensino do tema e a utilização de textos e recursos audiovisuais. Além disso, também serão expostas as atividades desenvolvidas pelos alunos a partir da regência ministrada. A metodologia para a formulação do projeto baseou-se na discussão, leituras e pesquisa bibliográfica do assunto proposto. Sendo um projeto em andamento, ainda não há resultados concretos. Assim, considera-se a relevância do tema face às implicações sociais e educacionais que a abordagem do preconceito linguístico possui.