ESGRIMA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO FORMA DE INCLUSÃO SOCIAL
Data
2019-10-11Autor
Thiago Savio Ingles da Luz
Victor Magalhães Iurk
Gonçalo Cassins Moreira do Carmo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este estudo apresenta a forma com que o conteúdo luta foi desenvolvido na Educação Física, em especial, a esgrima, modalidade pouco desenvolvida nas instituições de educação básica. Para isso, os bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID – Educação Física) auxiliaram nas etapas do ensino da esgrima, a saber: uma aula expositiva sobre a modalidade, outra para confecção dos equipamentos com a utilização de materiais recicláveis e por último, a sua prática. Portanto, objetivou-se apresentar a luta como um conteúdo estruturante da Educação Física, como sugere a Base Nacional Comum Curricular e promover a sua prática. Além disso, buscou-se a inclusão de dois alunos com deficiência (um autista e outro com paralisia cerebral), que tinham dificuldades na realização de práticas de aulas tradicionais como futsal, basquete, vôlei e handebol, no que diz respeito a interação com os demais colegas, que os isolavam. Os resultados obtidos foram positivos pois observou-se a participação satisfatória e integral dos alunos durante o desenvolvimento prático da esgrima, uma modalidade individual, em comparação com as aulas de modalidades coletivas e tradicionais, observando especificamente o relacionamento deles com os demais colegas. Fato que levou a reflexão de maneiras que as modalidades individuais podem ser trabalhadas nas aulas de Educação Física, na prática, como uma forma de inclusão social, já que as coletivas muitas vezes levam ao isolamento dos deficientes por falta de orientação dos profissionais, aos alunos, sobre as diferenças e a própria dinâmica envolvida na atividade. Assim, refletir sobre esse assunto é de suma importância para enfrentar os desafios da não segregação social, fato presente em nossa sociedade como um todo. Diante disso, se faz necessário mais estudos na área para pensar sobre os conteúdos que deixam de ser abordados na Educação Física e podem ser instrumentos de inclusão social nas aulas práticas.