RELATO DE EXPERIÊNCIA: O CONHECIMENTO COMO MEIO PARA DESCONSTRUÇÃO DE ESTEREÓTIPOS
Data
2019-10-07Autor
Alice Bertoletti Lopes
Thais Oliveira
Nayara Sartori da Silva
Emanuelly Tura Dariff
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente narrativa descreve a experiência de uma atividade desenvolvida pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência(PIBID) da área de sociologia. Realizou-se uma intervenção que teve como temática os movimentos sociais e ocorreu na escola de educação básica Lourdes Lago, com os estudantes dos segundos anos do ensino médio. A intervenção conteve uma aula expositiva, apresentação de seminários em grupos, entrega de resumos a respeito dos seminários, cafés sociológicos e uma avaliação anônima acerca da atividade como um todo. Nosso ponto central refere-se ao método empregado pelos pibidianos para a organização grupal e à avaliação anônima escrita pelos estudantes sobre a intervenção. Através desses recursos pretendeu-se fornecer um novo olhar a respeito da posição aluno e professor, amenizando as relações de poder impostas por formatos ortodoxos de ensino. Também teve por objetivo estreitar relações com os alunos criando um vínculo de confiança que permitiu o aproveitamento por ambos os lados. As atividades compreenderam cerca de 60 alunos que foram organizados em grupos. Cada grupo contou com a orientação de um pibidiano que acompanhou a produção dos seminários e dos resumos e que avaliou o desempenho dos alunos orientados. Ao final das atividades cada aluno foi convidado a escrever suas percepções acerca da ação em sua totalidade, destacando pontos positivos e negativos, além de sugerir melhorias. Nesse sentido, as dinâmicas empregadas objetivaram contribuir com o desenvolvimento dos estudantes, visando romper relações de poder e receber um retorno a respeito das práticas pedagógicas realizadas. Tornaram-se perceptíveis suas contribuições para a educação dos discentes, uma vez que sentiram-se confortáveis no desdobramento das atividades. Ademais, a experiência facilitou a formação docente dos bolsistas, permitindo refletir a respeito dos métodos propostos e possibilitando uma noção a respeito de desafios para as próximas intervenções. Sob essa óptica, indica-se como alternativa para que existam aproximações que possibilitem um melhor contato entre professores e alunos. Por meio dessas aproximações, ambos crescem juntos no processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma, o contato direto com os alunos através da organização em grupos e a consulta anônima com os estudantes mostram-se como métodos produtivos. Ademais, inverte-se o papel de examinador das práticas, uma vez que ora os estudantes são avaliados pelos pibidianos, ora os estudantes avaliam os pibidianos, gerando trocas de saberes. Assim, se facilita o desenvolvimento de conexões com os alunos e se permite reflexões acerca dos trabalhos realizados pelo PIBID, alternando posições de poder no ambiente escolar.