dc.description.abstract | Em atividades realizadas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), foram ministradas aulas sobre a Ditadura Militar (1964-1985) na Escola Municipal Dr. José Antônio Navarro Lins pelos bolsistas Éwerton de Oliveira Cercal e Luiza Pereira Mello. Estas aulas tinham por objetivo explicitar este período tenebroso da história brasileira buscando abrir reflexões, evidenciar as manipulações de memórias atuais, entender a importância da democracia, construir pontes entre passado e presente etc., para os alunos do 9º ano A (período matutino, ano letivo 2018). Em um primeiro momento, foi trabalhado o que se sabia da Ditadura Militar pelos estudantes, com a apresentação subsequente de um curta remetendo aos Anos de Chumbo, mostrando um pouco de como funcionava o sistema de repressão e de censura. Em seguida, conforme cronograma elaborado para nove aulas, os bolsistas prosseguiram com uma apresentação cronológica da Ditadura, buscando evidenciar os processos que a desencadearam, a progressiva perda de direitos civis (e as primeiras movimentações, em especial estudantis, reivindicando tais direitos), o ápice da repressão durante o Governo Médici (bem como as formas de resistência) e, então, a gradual redemocratização do país. Também buscamos esclarecer a questão da memória e da manipulação da mesma, do porque de discursos atuais se utilizarem da ideia de “Revolução de 64” ou mesmo de não negar a ditadura, mas amenizar seus impactos. Por fim, realizamos uma atividade com os estudantes em que eles aplicavam a técnica de análise de imagem sobre fotografias da época da Ditadura Militar, de diversos períodos, obtidas a partir do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Em conjunto com esta análise, os estudantes também entraram em contato com as fichas de assassinados e desaparecidos durante a Ditadura, retiradas dos relatórios da Comissão da Verdade. Assim, o objetivo proposto era de os alunos relacionarem o que viam em imagens com os relatos retirados a partir das fichas, possibilitando assim reconstituir fragmentos desse passado através das fotos e das narrativas, buscando despertar neles a empatia por todos os brasileiros que foram reprimidos e expurgados de seus direitos, contrapondo a vigente onda de apologia à tortura e a perda de direitos. | |