QUANDO A PALAVRA MACHUCA... É HORA DE FALAR SOBRE O BULLYING! UMA EXPERIÊNCIA DO PIBID ARTES VISUAIS DA UNOCHAPECÓ
Data
2019-10-07Autor
Marinilse Netto
Amanda Karolina Pavanati
Eliana Teixeira dos Santos
Gisanelli Rocha
Kairo Madah Moraes
Magali Andretta
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Mostrar registro completoResumo
O trabalho apresenta uma experiência realizada pelo PIBID - Artes Visuais em uma turma de ensino médio de uma escola estadual localizada no município de Chapecó-SC. Teve como objetivo gerar meios para dialogar sobre o bullying na escola, presente nas ações cotidianas dos estudantes e percebido durante as observações e interações com as práticas escolares, tornando-se um tema para problematizações. A linguagem artística escolhida para mediar os diálogos sobre o tema foi a performance. A partir da arte contemporânea é possível promover um ensino questionador, crítico e consciente, abordando diversos temas além da própria arte. O fenômeno do bullying ainda é pouco explorado pela literatura brasileira e de acordo com os estudos realizados trata-se de um problema que provoca diferentes comportamentos, afirmam Zequinão et al., (2016) e em alguns casos, a vítima torna-se também um agressor (PUHL; KING, 2013). É preciso falar sobre o bullying, pois, de acordo com Fante (2005) o bullying envolve diferentes faixas etárias e contextos (FANTE, 2005) e atualmente, tem ocasionado crises em todo o mundo, pois tornou-se um problema social (SOUZA; ALMEIDA, 2011). Como roteiro metodológico foram desenvolvidas 18 horas/aula teórico-práticas, estudos sobre arte contemporânea e performance, atividades práticas com uso de jogos teatrais e dinâmicas expressivas; produção de um elemento denominado ‘casaco-casulo’ usado na performance e considerado um objeto de arte. O tema bullying esteve em todo o foco das atividades, gerando diálogos e reflexões sobre suas consequências. A experiência artística sensibilizou e abriu espaço para falar sobre o fenômeno de forma aberta, gerando novos sentidos, potenciou dar visualidade e visibilidade ao tema e deste modo, contribuir para mostrar o quanto danosa é esta prática. Como um problema que afeta toda a comunidade escolar, não deve ser negligenciado. Há necessidade de espaços e programas para debater e tratar o fenômeno no ambiente escolar.