VIVENCIANDO O CIRCO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA EXPERIÊNCIA DO PIBID/FURB
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo relatar uma prática pedagógica com o ensino da arte circense nas aulas de Educação Física, ministradas pelos bolsistas do Programa PIBID/FURB, para os estudantes do 4º ano de uma escola estadual de Blumenau/SC. O projeto é norteado pelo objetivo de desenvolver com os estudantes uma prática sobre o circo, onde as aulas diferenciem-se das tradicionais aulas de Educação Física vivenciadas por eles, ensinando-os movimentos pouco usuais no cotidiano, como parada de mão e rolamentos ou exercícios que geram desequilíbrio; conhecendo e experimentando diversas modalidades que acontecem dentro daquele ambiente, afim de desenvolver a habilidade motora, cognitiva e social do estudante construindo o conhecimento a partir das suas próprias realidades. O projeto tem o alcance de cerca de 25 crianças, meninos e meninas. Pela similaridade da arte circense com a ginástica geral, presente na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), extraiu-se a habilidade “(EF35EF07) Experimentar e fruir, de forma coletiva, combinações de diferentes elementos da ginástica geral (equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem materiais), propondo coreografias [...]. Para além do foco nessa habilidade, também é trabalhado a questão do uso e apropriação (saber fazer), a análise (saber sobre) e a construção de valores. A BNCC ainda descreve que “as crianças possuem conhecimentos que precisam ser, por um lado, reconhecidos e problematizados nas vivências escolares com vistas a proporcionar a compreensão do mundo [...]” e, com base neste delineamento, optamos por conduzir as aulas sob a concepção de aula aberta que, “diferentemente de aulas fechadas, possui o foco no aluno, na comunicação, problematização e no próprio processo de ensino/aprendizagem dos assuntos.” (Hildebrandt, 2001). É possível notar o quanto o estudante se torna protagonista no processo de ensino-aprendizagem dentro da concepção de aulas abertas, ficando a cargo do professor a função de mediador, logo, promover situações que incentivem os estudantes a exercitarem sua autonomia e sua capacidade de resolução de problemas. Optou-se como forma de registro o uso de um diário de campo, onde é relatado os acontecimentos como as falas dos próprios estudantes e imagens das aulas, que serão utilizados futuramente para análises e discussões sobre o projeto. Essa vivência que o PIBID nos proporciona é de enorme relevância pois, o aprendizado do bolsista com o estudante durante as práticas acrescenta de forma positiva a experiência como discente.