INTRODUÇÃO À QUÍMICA POR MEIO DE AULAS DEMONSTRATIVAS E PRÁTICAS LABORATORIAIS
Data
2019-10-08Autor
Ana Flávia Ribeiro do Nascimento
Ana Cristina Franzoia Moss
Nádia Maria Pereira Ramos
Danislei Bertoni
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma experiência de prática docente, realizada por licenciandas do curso de Licenciatura Interdisciplinar em Ciências Naturais, da UTFPR Campus Ponta Grossa/PR, participantes do programa Residência Pedagógica no Colégio Estadual Elzira Correia de Sá. A intervenção envolveu uma abordagem de introdução à química para estudantes do 9º ano, por meio de aulas demonstrativas e práticas de laboratório, visando oportunizar a esses estudantes o desenvolvimento da autonomia e do protagonismo estudantil, tendo como alvo o processo de produção do conhecimento científico, estudado anteriormente em sala de aula. Além disso, tal experiência envolveu o uso da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018) e do Referencial Curricular do Paraná (PARANÁ, 2018) como forma de orientação curricular, organização, contextualização, elaboração de planos com sequências de aulas interdisciplinares de Ciências. Esses planos foram elaborados por duas professoras residentes e expressam a organização e caracterização de um cronograma de regências que propiciaram a intervenção por meio de aulas demonstrativas e práticas de laboratório, precedidas por aulas realizadas com exposição dialogada dentro e fora do ambiente formal da sala de aula. Considerando a necessidade de promover a interdisciplinaridade nas Ciências Naturais e desta com as Ciências Humanas, com as Linguagens e a Matemática, o professor precisa estabelecer formas diferenciadas de ensino que propicie aos estudantes analisarem e entenderem a química na prática e no cotidiano, principalmente quando ocorre o primeiro contato mais efetivo com conceitos dessa ciência. Essa interdisciplinaridade é de grande valia, também, para um aprendizado reflexivo do professor, uma vez considerado hegemonicamente detentor do conhecimento, deve mudar a sua postura e estar aberto para continuamente aprender com profundidade as relações conceituais, propor novas formas de ensino, de estratégias e de atividades, compreendendo de modo mais amplo como se aprende e como se avalia. Complementando assim a formação do professor, que não ocorre apenas na sua graduação ou em suas especializações, mas principalmente quando este exerce na prática do dia a dia uma troca de conhecimento com o aluno no ambiente escolar. Essa troca deveria ser vista como algo normal e de ampla produtividade para o ensino de ciências, porém, o estereótipo já citado de detentor de conhecimento gera certo empecilho nessa troca que poderia acontecer.