FEIRA DE CIÊNCIAS: FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS

Abstract

Quando imaginamos a Feira de Ciências como um recurso rico para incentivar o ensino de ciências, logo pensamos em experimentos dos mais diversos, agregados a Química, Física e a Biologia. Apesar de essa prática em geral ter um forte caráter reprodutivista, a apresentação dos trabalhos por intermédio da Feira de Ciências constituía uma oportunidade única para os alunos ocuparem o lugar de sujeito-falante e entusiasmado com a Ciência, algo não vivenciado em sala de aula (BARCELOS, JACOBUCCI, JACOBUCCI, p.2017, 2010). Além disso, é possível observar que por intermédio da feira de ciências além de haver a construção de um experimento ocorrem momentos de conversa entre o aluno e o professor, o que também colabora para o processo de ensino e aprendizagem. Os autores Góes e Barolli (2010) destacam a Feira de Ciências como oportunidade particularmente apropriada para viabilizar esse contato. Isso porque, a feira, insere o aluno num contexto de pesquisa e aprendizagem mais longo, não só criando a necessidade de que ele conheça e realize todas as etapas do método científico, mas também o convidando a uma relação com o conhecimento próprio das Ciências, na qual pesquisador faz-se autor com inovações que trás a partir de conhecimentos já existentes. Esse trabalho é um momento de reflexão de um grupo de acadêmicos do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza e alunos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) que estão propondo a organização de uma feira de ciências, pois compreendem que a mesma é uma ferramenta importante para o desenvolvimento científico dos alunos da educação básica. Este trabalho tem como objetivo relatar à percepção dos alunos participantes da feira e analisar como se dá este processo de ensino de ciências. A Feira de Ciências está sendo planejada e será desenvolvida no Complexo Escolar Marília Sanchotene Felice, no mês de setembro de 2019. Após a realização da feira, pretende-se refletir e discutir junto a alunos e professores participantes, a autonomia dos alunos, a participação dos professores no desenvolvimento dos trabalhos, a organização da feira e o método de avaliação dos trabalhos. Espera-se compreender a visão e as percepções de alunos e professores, quanto ao potencial deste tipo de evento para o progresso científico e para a equalização de questões relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem.