O ENSINO DE CIÊNCIAS DIANTE DAS ESTRUTURAS DA ESCOLAS PARCEIRAS DO PIBID
Data
2019-10-08Autor
Rafaela Borges
João Victor Verçosa
Alan Leite
Vitória Letícia de Almeida
Ailton Dinardi
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A escola hoje, pelo menos em uma perspectiva teórica, encontra-se fortemente comprometida com um ensino de qualidade e com a ideia de construção da cidadania (DOS SANTOS, 2005). Como parte deste processo, o ensino de ciências propõe ao aluno conhecer o meio onde vive e suas mudanças, de forma reflexiva, pensando e agindo sobre as questões sociais, ambientais, políticas e culturais, intervindo nas questões que marcam cada momento histórico em seu entorno. Dentre os objetivos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) encontra-se a inserçãodos licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, cabe aos bolsistas do PIBID contribuir com este processo de formação. Para enfrentar estes desafios da formação docente e ao mesmo tempo contribuir com a melhoria na qualidade do ensino de ciências, os bolsistas do PIBID se deparam com uma questão muitas vezes negligenciada neste processo, que diz respeito às questões estruturais das escolas públicas brasileira. Porém, estes discentes precisam, através da criatividade encontrar meios de superação destas condições, elevando a qualidade do processo de ensino e aprendizagem. Este trabalho tem por objetivo registrar um exemplo desta superação por um grupo de bolsistas do núcleo Ciências da Natureza de um subprojeto multidisciplinar do PIBID, em escolas públicas do município de Uruguaiana-RS. As professoras de Ciências de duas escolas campo do PIBID, solicitaram aosbolsistas,o desenvolvimento de atividades sobre a moléculas de DNA, junto aos alunos do 8º ano. A escola 1 (municipal) possui um laboratório com espaço amplo, com mesas, cadeiras, vidrarias, microscópio e insumos. Na Escola 2 (estadual) há algumas vidrarias, mas não há laboratório de ciências ou espaço para o desenvolvimento de atividade práticas. Diante deste cenário os bolsistas desenvolveram atividades diferenciadas, que pudessem contemplar os objetivos propostos pelas professoras de ciências. Na Escola 1 foi desenvolvido uma breve discussão sobre o assunto com os alunos do 8º ano, com a introdução dos conceitos básicos do DNA e desenvolvido uma atividade de extração do DNA da banana, utilizando as dependências e os insumos do laboratório. Na Escola 2, também houve esta discussão prévia sobre o tema, porém optou-se em separar os alunos em grupos para que estes organizassem, em sala de aula, a estrutura básica do DNA (dupla hélice) utilizando-se de balas coloridas e palitos. Tanto na escola 1, como na escola 2, os alunos foram instigados a refletir sobre o tema, colocando-se como protagonistas do processo de ensino e aprendizagem, ou seja, diante das condições ofertadas ao PIBID, fez se necessário utilizar-se da criativa para superar e seguir na busca qualitativa do processo.