Formação continuada de professores em língua inglesa: interculturalidade e projetos de Letramento Crítico na Educação Básica
Data
2019-10-08Autor
Denise Akemi Hibarino
Angela Maria Hoffman Walesko
Fernanda Marconcin Rodrigues
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente trabalho tem a finalidade de relatar e compartilhar experiências vivenciadas por licenciandos do curso de Letras (Inglês/Português-Inglês) no projeto de extensão Professores sem Fronteiras: formação inicial e continuada em línguas estrangeiras e adicionais desenvolvido pelo Departamento de Teoria de Prática de Ensino (DTPEN) e Departamento de Línguas Estrangeiras (DELEM ) em parceria com a Universidade de Otterbein (Ohio- EUA) desde 2017. O projeto em questão envolve não somente os professores formadores e pesquisadores mas também professores em formação inicial e continuada em atuação na rede pública em Curitiba e região metropolitana, buscando, conforme proposta aprovada, promover trocas dialógicas e colaborativas entre diferentes saberes teóricos-práticos na área de ensino-aprendizagem de línguas e incentivar o interesse pela aprendizagem intercultural e interdisciplinar que se refletirá nas práticas docentes individuais e, por consequência, na formação cidadã de alunos e futuros alunos. Desde sua primeira edição, os cursos de extensão vinculados ao projeto têm promovido discussões sobre interculturalidade (KRAMSCH, 1993, 1994, 2012, 2014; CORBETT, 2003; JANZEN, 2005), língua como discurso (BAKHTIN, 2002; JORDÃO, 2006) e de letramento crítico (MENEZES DE SOUZA, 2011), as quais são evidenciadas nos projetos colaborativos desenvolvidos em aulas de inglês na Educação Básica da rede pública. Como recorte do projeto, nosso foco passa a ser o papel dos professores em formação continuada nesses projetos e seu engajamento em práticas situadas (GEE, 2004) enquanto uma comunidade de prática (WENGER, 1998). Além disso, apontamos como a assimetria foi assumida como ponto de partida para discutir as diferenças, para a convivência com o dissenso (MENEZES DE SOUZA, 2011) e a construção de agência docente e discente (HIBARINO, 2018) dos envolvidos. Finalmente, procuramos ressaltar a importância da ressignificação de práticas docentes por meio de projetos de letramento crítico e a partir da desconstrução de crenças como a no “mito do falante nativo” (PHILLIPSON, 1992; HOLLIDAY, 2005; PENNYCOOK, 2017), que leva à sentimentos relacionados à Síndrome do Impostor (BERNAT, 2008), e de trans/formações identitárias, pessoais e profissionais.