| dc.description.abstract | A história da ciência e a trajetória da educação sempre estiveram ligadas ao conhecimento científico e às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido. Educar pela pesquisa no Ensino Fundamental (E.F) pode ser uma metodologia que contempla a relação teoria/prática, o desenvolvimento da investigação e a autonomia crítica. Considerando as vantagens educacionais do uso de situações de investigação e pesquisa nas séries finais do E.F., sobretudo, para a construção do conhecimento do aluno como sujeito ativo e participativo, este trabalho teve como objetivo envolver alunos do Ensino Fundamental II do Colégio Estadual Unidade Pólo, Maringá-PR, com bolsistas de Iniciação à Docência (ID) do Programa Institucional de Bolsas de iniciação à Docência-PIBID, do curso de ciências biológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) em atividades de pesquisa. Para tanto, vem sendo desenvolvido no colégio (com área física externa contemplada com número expressivo de árvores de médio e grande porte) o projeto "Pequeno Cientista". Neste projeto estão sendo coletados trimestralmente, com metodologia padronizada, materiais da serrapilheira (camada superficial do solo), provenientes de espaços que ficam embaixo do dossel arbóreo e espaços sem arborização, com objetivo de evidenciar a importância das árvores não somente no microclima local, como na diversidade da mesofauna do solo. Os materiais coletados estão sendo triados, identificados ao nível taxonômico de ordem e contados no microscópio estereoscópico por seis alunos do Ensino Fundamental II, com orientação dos alunos do PIBID. O desenvolvimento das atividades tem favorecido o pensamento reflexivo quanto às metodologias de ensino, proporcionando oportunidades para os futuros professores vivenciarem na prática as teorias pedagógicas discutidas semanalmente nos encontros com o coordenador do programa, além de oportunizar possibilidades de criação e participação em práticas docentes, de caráter inovador no processo de ensino e aprendizagem. É notório também que o projeto vem proporcionando aos alunos do Ensino Fundamental, o estímulo e a curiosidade por situações cotidianas da natureza, uma vez que eles têm contato direto com os organismos do solo, formulam hipóteses, solucionam dúvidas e conhecem as particularidades dos grupos de organismos. Isso, desperta neles o interesse em observar os ambientes e os seres que os integram, bem como respeitar e valorizar a vida em todas as suas formas. | |
