Expresso dos Esportes Radicais
Resumo
Este artigo apresenta o Projeto “Expresso dos Esportes Radicais”, o qual vem sendo desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Mário Sperb, localizada em São Leopoldo/RS, a qual é em uma das Escolas parceiras do Subprojeto Educação Física PIBID/ UNISINOS. Este projeto foi criado como continuidade de um trabalho que vem sendo realizado nesta Escola com os alunos do Ensino Fundamental/Anos Finais, com a vivência de dois esportes de aventura: Slackline e Rapel. O objetivo deste projeto é despertar o interesse dos professores de Educação Física a inserir o Rapel como Unidade Temática de Práticas Corporais de Aventura nas suas aulas, conforme está previsto na Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Metodologicamente, a proposta se desenvolveu de maneira análoga à técnica do snowball (“bola de neve”), na qual os pibidianos tiveram o contato inicial com o Rapel através de uma oficina realizada na UNISINOS e, a partir daí, passaram a proporcionar também esta vivência nas aulas de Educação Física da Escola Mário Sperb. A partir do conhecimento da existência deste projeto, outras Escolas da região também se interessaram em desenvolver a prática do Rapel, ampliando assim o número de adeptos à este Esporte. Para o desenvolvimento do projeto, são realizados diagnósticos preliminares das condições básicas dos locais demandantes, são realizadas explicações prévias com ênfase na segurança, no uso correto do equipamento, assim como a demonstração dos principais procedimentos técnicos envolvidos, para então ser realizada a prática do Rapel. Diante desta experiência, constatamos que as aulas de Educação Física ressentem a falta de materiais diversificados para poderem transcender a hegemonia esportiva vigente nas Escolas, ressaltando que as Práticas Corporais de Aventura devem ser “adaptadas às condições da Escola, ocorrendo de maneira simulada, tomando-se como referência o cenário de cada contexto escolar.” (BRASIL, 2017, p.219). Acreditamos também que as diferentes vivências da Cultura Corporal contribuem de forma significativa para a formação crítica dos alunos, e ainda, para o aprendizado do convívio em sociedade e a construção da sua confiança. Na prática do Rapel, foi possível perceber que muitos alunos apresentam inicialmente muito medo de altura ou de realizar a descida, mas que com o auxílio do professor e dos pibidianos, eles acabam superando os seus limites e ir além. Neste sentido, consideramos que o referido Projeto contempla duas dimensões do conhecimento previstas na BNCC (BRASIL, 2017), que são: A “Experimentação”, uma vez que o projeto oportuniza o desenvolvimento do conhecimento através do envolvimento corporal da vivência com a cultura de aventura; o “Uso e Apropriação”, a partir do momento que estes alunos ao fazerem uso de seu conhecimento aprendido no projeto passam a criar o gosto para continuarem esta prática e a fazerem de maneira autônoma e com os outros. Diante desse cenário apresentado, acreditamos que as Práticas Corporais de Aventura como conteúdo da Educação Física têm efeito significativo no que se refere à diversidade de atividades, informações e vivências corporais que devem ser proporcionadas aos alunos e, que a partir destas, eles possam adotar hábitos saudáveis no seu cotidiano.