Questões de gênero e sexualidade segundo os/as professores/as da UFPR : um recorte de gênero e área de atuação
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Data
2021Autor
Moraes, Luddy Searom Carias de, 1996-
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Resumo : Em nossa sociedade estruturalmente carregada de preconceitos, os grupos que representam as minorias são constantemente discriminados e, as vezes de forma sutil, excluídos das áreas de maior prestígio, as quais são definidas pelos grupos hegemônicos. A discriminação e o preconceito começam a partir da socialização de todos os indivíduos, incluindo o espaço escolar, sendo este provavelmente um dos primeiros ambientes onde as crianças entram em contato com as diferenças. Sustentada por muitos professores de todos os níveis educacionais, a discriminação persiste no ambiente escolar e acadêmico, mesmo que de forma velada. O objetivo deste estudo foi averiguar as opiniões dos docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) sobre questões de gênero e sexualidade. Este estudo é descritivo exploratório, sendo uma pesquisa do tipo survey, analisado quantitativa e qualitativamente. Foi aplicado um questionário online, em virtude da pandemia, aos professores da instituição. Este questionário foi dividido em quatro blocos, que tocavam temáticas específicas sendo estas: 1) sexismo, 2) LGBT+fobia e identidade de gênero, 3) preconceito e discriminação no ambiente universitário, 4) contato com educação sexual no ensino básico ou superior e o comprometimento do docente em relação a diversidade. Ao todo, 120 docentes responderam ao questionário, viabilizando as análises subsequentes. Estas foram realizadas através do software R (4.0.3). Como resultados, verificou-se que há pouca diversidade entre os docentes da UFPR, sendo o corpo docente majoritariamente composto por pessoas brancas, heterossexuais e cisgênero. Em geral, as mulheres apresentaram opiniões mais progressistas em relação a temática abordada no questionário, bem como maior conhecimento em relação ao tema, se comparadas aos homens. Além disso, a área de formação dos respondentes relevante, uma vez que o campo de conhecimento Humanidades apresentou maior domínio sobre o tema, tendo opiniões mais progressistas de acordo com as respostas, seguido dos campos de conhecimento Biológicas e Exatas. As correlações realizadas demonstraram que não há relação entre o contato prévio com Educação Sexual no ensino básico e/ou superior com opiniões progressistas ou conhecimentos sobre os assuntos abordados no questionário, de forma que a universidade não tem sido a principal fonte de conhecimento dos participantes sobre a temática. Destaca-se a necessidade de formar profissionais que sejam capazes de abordar a temática durante sua carreira profissional, sendo, então, hábeis a formar outros professores com esta mesma qualidade.
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