Modos de ser-em-bando : a comunidade Sin Comunidad de Noite nu norte e Viralata
Resumo
Resumo: Esta pesquisa mobiliza as obras Noite nu Norte (2010) e Viralata (2015), do escritor uruguaio Fabián Severo, a fim de analisar a conformação de poéticas do "ser-embando", possíveis a partir da instabilidade da/na linguagem e da complexificação de sentidos em relação à fronteira e à existência desde sua singular pluralidade. Esses tensionamentos se apresentam, desde o início da produção do autor, pela proposição de uma singular escritura em portunhol e pela insurgência de movimentos que vão do nós ao eu, do eu ao nós, sem, contudo, conformarem uma existência comunitária pautada pela essência ou propriedade. Com esse objetivo em vista, este trabalho propõe, em um primeiro momento, uma discussão sobre imaginários da nação e da língua, dando ênfase a implicações identitário-comunitárias que, de distintas formas, se pautam pela manutenção de binarismos, exclusão da diferença e marginalização do portunhol. Para tanto, dialogaremos com as proposições de Hugo Achugar, Maria Inés de Torres, entre outros. Em seguida, tendo em perspectiva a dissolução e complexificação do "nacional" na contemporaneidade, buscaremos entender, por meio do diálogo com discussões como a de "pós-autonomia", de Josefina Ludmer, as territorialidades do presente como espaços que conjugam outras relações com o território e a língua. Nesse sentido, faremos um breve trajeto por algumas manifestações literárias em portunhol e uma aproximação inicial à poética do autor estudado, avaliando alguns de seus modos de (des)articulação e tensionamento de linguagem. Em um segundo momento, partiremos de uma leitura mais detida nas problemáticas identificadas nas duas obras de Severo para, posteriormente, refletir sobre as possibilidades de se pensar a comunidade a partir, principalmente, da "inoperância" e do "ser-em-comum", noções trabalhadas por Jean-Luc Nancy, em diálogo com outros autores, ao longo de diferentes obras. Por fim, aprofundaremos a análise das obras de Severo, buscando identificar os traços de emergência de uma comunidade sem comunidade, isto é, modos de ser-em-bando que dizem respeito à fronteira e ao existir no mundo, nos quais o gesto, a palavra, o acesso e a partilha têm suma importância. Abstract: This research mobilizes the works Noite nu Norte (2010) and Viralata (2015), by the Uruguayan writer Fabián Severo, to analyze the conformation of poetics of "ser-inbando". The poetics are possible due to the instability of/in the language and the complexification of senses concerning the border and the existence from its singular plurality. Since the beginning of the author's production, these tensions are presented by proposing singular writing in Portunol and the insurgence of movements. Such movements happen from "us" to "I", and from "I" to "us", without conforming to a communal existence based on essence or property. Thus, this work proposes, in the first moment, a discussion on imaginaries of the nation and language. It emphasizes the community-identity implications that, in different ways, are guided by the maintenance of binarisms, the exclusion of difference, and the marginalization of Portunol. To this end, we will dialogue with the propositions of Hugo Achugar, Maria Inés de Torres, among others. Then, considering the dissolution and complexification of the "national" concept in contemporary times, we will seek to understand, through dialogue with discussions the "post-autonomy", by Josefina Ludmer, the territorialities of the present as places that conjugate other relations with territory and language. In this sense, we will briefly examine some literary manifestations in an initial approach to the author's poetics, evaluating some of its modes of (dis)articulation and language tension. In a second moment, we will engage in a more detailed reading of the problems identified in the two works of Severo to, afterward, reflect on the possibilities of thinking the "inoperative community" and "being-in-common", notions by Jean-Luc Nancy, in dialogue with other authors, throughout different works. Finally, we will deepen the analysis of Severo's works, trying to identify the traces of emergence of a community without a community, that is, ways of "ser-in-bando" that exist in the world, in which gestures, words, access, and the act of sharing are of utmost importance. Resumen: Esta investigación moviliza las obras Noite nu Norte (2010) y Viralata (2015), del escritor uruguayo Fabián Severo, para analizar la conformación de poéticas del "ser-enbanda", posibles a partir de la inestabilidad del/en el lenguaje y de la complejificación de sentidos en relación con la frontera y con la existencia desde su singular pluralidad. Esas tensiones se presentan, desde el comienzo de la producción del autor, por la proposición de una singular escritura en portunol y por la insurgencia de movimientos que van del nosotros al yo, del yo al nosotros, lo que no presupone la posibilidad de una existencia comunitaria guiada por la esencia o propiedad. Con este objetivo en mente, este trabajo propone, en un primer momento, una discusión sobre los imaginarios referentes a la nación y a la lengua, enfocándose en las implicaciones identitarias y comunitarias que, de diferentes formas, están guiadas por el mantenimiento de binarismos, la exclusión de la diferencia y la marginación del portunol. Para ello, dialogaremos con las reflexiones de Hugo Achugar, María Inés de Torres, entre otros. Luego, teniendo en perspectiva la disolución y complejización de lo "nacional" en la contemporaneidad, buscaremos comprender, a través del diálogo con discusiones como la "post-autonomía" de Josefina Ludmer, las territorialidades del presente como espacios que combinan otras relaciones con el territorio y la lengua. En este sentido, haremos un breve recorrido por algunas manifestaciones literarias en portunol y un primer acercamiento a la poética del autor estudiado, evaluando algunas de sus formas de (des)articulación y tensiones del lenguaje. En un segundo momento, partiremos de una lectura más detallada de los problemas identificados en las dos obras de Severo, para luego reflexionar sobre las posibilidades de pensar la comunidad desde la "inoperancia" y el "ser-en-común", nociones trabajadas por Jean-Luc Nancy, en diálogo con otros autores, a lo largo de diferentes obras. Finalmente, profundizaremos el análisis de la obra de Severo, buscando identificar las huellas del surgimiento de una comunidad sin comunidad, es decir, formas de ser-en-banda que se relacionan con la frontera y con el existir en el mundo, en el que el gesto, la palabra, el acceso y el compartir tienen mucha importancia.
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