Inclusão escolar na perspectiva das práticas colaborativas : processos psicológicos e pedagógicos
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Data
2021Autor
Peron, Cassandra Fontoura Fiore, 1978-
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Resumo: A educação especial vem atravessando um processo intenso de transformações ao longo do tempo. A concepção de indivíduo pautada nas dificuldades gradativamente passou a ser substituída pela concepção de indivíduo com competências e potencialidades, que possui direito garantido de convívio familiar e comunitário em qualquer espaço social. Deu-se início a uma nova era na educação, fundamentada nos direitos humanos, na eliminação de barreiras, na promoção da acessibilidade e na busca pela equidade, que marcaram o surgimento do paradigma educacional inclusivo. Já não mais se concebe discutir quem, nem por que incluir, mas sim o como, levando-se em consideração sobretudo os processos psicológicos e pedagógicos na escola inclusiva. A partir de levantamento teórico, foi possível observar que alguns documentos legais apontam a necessidade de redes de apoio para o processo inclusivo, onde se enquadram os serviços e profissionais especializados, embora não especifiquem o papel desses profissionais, com clareza. Assim, um dos pontos fundamentais de discussão é a realização das práticas colaborativas, que vem sendo apontadas pelos pesquisadores como uma possibilidade de suporte ao processo inclusivo. A pesquisa tem como objetivo principal verificar se as práticas colaborativas contribuem para a inclusão educacional, no que se refere aos processos psicológicos e pedagógicos. O local da realização da pesquisa são escolas da Rede Municipal de Ensino de Pinhais, região metropolitana de Curitiba/ PR. Os participantes são professoras do ensino regular (que já vivenciaram o modelo de suporte individualizado e também que atuam ou já atuaram em anos anteriores nos modelos de Coensino ou Bidocência), Pedagogos e Diretoras das unidades de ensino regular (Ensino Fundamental I). Para coleta de dados foram elencados os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Questionários de Levantamento de Práticas Inclusivas e Escala de Eficácia Docente para Práticas Inclusivas. Os dados coletados, analisados e discutidos de forma predominantemente quantitativa, evidenciaram que a realização de práticas colaborativas na educação inclusiva contribui de forma efetiva para o desenvolvimento dos processos pedagógicos, no que se refere ao planejamento de conteúdos, estratégias de ensino, gerenciamento da sala de aula e engajamento dos estudantes, sendo relacionadas ao desenvolvimento da turma como um todo e não somente em relação ao estudante público-alvo da educação especial, bem como para o desenvolvimento dos aspectos pessoais e profissionais do professor. Todavia, aponta-se que esse é um processo de construção, que exige mudança de concepções e de práticas, tendo destaque a importância da gestão, tanto em contexto macro quanto micro, no planejamento e execução de ações que dêem condições para o estabelecimento de um ambiente em que preponderam as ações colaborativas. Abstract: Special education has been going through an intense process of change over time. The concept of subject based on difficulties gradually came to be replaced by the concept of subject with skills and potential, who has a guaranteed right to family and community living in any social space. A new era in education was initiated, based on human rights, the elimination of barriers, the promotion of accessibility and the search for equity, which marked the emergence of the inclusive educational paradigm. It is no longer conceived to discuss who or why to include, but how, taking into account above all the psychological and pedagogical processes in the inclusive school. From a theoretical survey, it was possible to observe that some legal documents point to the need for support networks for the inclusive process, which includes services and specialized professionals, although they do not clearly specify the role of these professionals. Thus, one of the fundamental points of discussion is the implementation of collaborative practices, which has been pointed out by researchers as a possibility to support the inclusive process. The main objective of the research is to verify whether collaborative practices contribute to educational inclusion, with regard to psychological and pedagogical processes. The location of the research are schools in the Municipal Education Network of a municipality in the metropolitan region of Curitiba. Participants are regular school teachers (who have experienced the support of Inclusion Support Interns, and also who work and have worked in previous years in the Coensino or Bidocence models), Pedagogues and Directors of regular education units (Elementary School I ) of a municipality in the Metropolitan Region of Curitiba. For data collection, the following instruments were listed: Sociodemographic Questionnaire; Inclusive Practices Survey Questionnaire and Teaching Effectiveness for Inclusive Practices Scale. The data collected, analyzed and discussed in a predominantly quantitative way, showed that the performance of collaborative practices in inclusive education contributes effectively to the development of pedagogical processes, with regard to content planning, teaching strategies, classroom management. class and student engagement, related to the development of the class as a whole and not only in relation to the student target audience of special education, as well as to the development of the personal and professional aspects of the teacher. However, it is pointed out that this is a construction process, which requires a change in conceptions and practices, with emphasis on the importance of management, both in macro and micro contexts, in the planning and execution of actions that provide conditions for the establishment of a environment in which collaborative actions prevail.
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