Lodo de esgoto como fertilizante para plantios de Eucalyptus spp
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Data
2019Autor
Lima, Adriane Moraes Pacheco de, 1996-
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Resumo : O constante crescimento populacional resulta na expansão dos serviços de tratamentos de efluentes no país, gerando grandes quantidades de resíduo sólido, denominado lodo de esgoto. Os custos para o processamento e destinação final do lodo tem sido motivo de preocupação mundial, implicando na busca por aplicações alternativas ambientalmente corretas. Muitas pesquisas com a utilização na agricultura vêm sendo realizadas, entretanto, esse uso apresenta restrições com relação aos metais pesados e patógenos presentes no lodo. Nesse sentido, a aplicação em plantios de eucalipto tem sido apontada por vários autores como excelente opção, em razão das extensas áreas de florestas plantadas. Mas apesar de existirem pesquisas com enfoque na aplicação de lodo nas plantações florestais, ainda existem lacunas no que concerne os efeitos do resíduo na planta e no solo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi, por meio de uma revisão de literatura, analisar os trabalhos de pesquisa com aplicação de lodo de esgoto em plantios de Eucalyptus spp, identificando as alterações promovidas nos atributos edáficos e também as respostas das plantas à aplicação do resíduo. O lodo, sendo composto por elevados teores de matéria orgânica, macro e micronutrientes deve passar por processos de tratamento, que visam reduzir a umidade, os odores e poluentes do material, para que então possa ser utilizado como fertilizante. Os tratamentos mais utilizados para o uso agrícola e florestal são a estabilização alcalina (através da adição de cal) e a estabilização biológica (compostagem). A aplicação em solos florestais nos trabalhos analisados foi capaz de melhorar as características do solo e promover benefícios à cultura do eucalipto, como: aumento do volume de madeira; elevação dos teores de nutrientes nas plantas e nas taxas de retorno ao solo; aceleração no processo de mineralização; elevação da fotossíntese; maior acumulo de C e N na árvore; aumento da biomassa das raízes finas e diminuição da densidade básica da madeira. De maneira geral, os trabalhos encontrados foram desenvolvidos com a espécie Eucalyptus grandisque, apesar de ser amplamente cultivada no país, não representa, na atualidade, todas as espécies deste gênero introduzidas em solo brasileiro. As pesquisas realizadas também não englobam todas as situações edafoclimáticas das áreas plantadas no Brasil. Assim, seriam bem-vindas novas pesquisas nas diversas regiões de produção de eucalipto; e que representem a diversidade de situações de solo e clima onde esta cultura é inserida.