dc.description.abstract | Resumo : O emprego da adubação nitrogenada em soja (Glycine max(L.) Merrill) visa a promover um arranque inicial da cultura em situações nas quais supõe-se que a FBN é incapaz de suprir a demanda da planta por N, especialmente quando se trata de cultivares de elevado potencial de rendimento (acima de 6.000 kg ha-1). Há décadas, no entanto, a técnica da inoculação vem se confirmando como referencial em eficiência técnica e econômica no fornecimento de nitrogênio. Objetivando dirimir dúvidas recorrentes da cadeia produtiva em relação ao tema conduziu-se, na safra 2018/19, um ensaio em rede na região Centro Sul do Estado do Paraná sendo reproduzido em três locais (Candói, Guarapuava e Pinhão) para proporcionar maior confiabilidade aos dados. As variáveis avaliadas no trabalho foram nodulação (número e massa de nódulos por planta) e rendimento médio da cultura por hectare. Ao todo foram 19 tratamentos, compreendendo testemunhas com e sem reinoculação (Bradyrhizobium japonicum) na semente, fontes e doses de N (ureia e nitrogênio líquido) aplicadas ia adubação de base, a lanço e foliar em diferentes estádios fenológicos, além de diferentes doses de Bradyrhizobium japonicumisolado e combinado com Azospirillum brasiliense (coinoculação) pulverizadas no sulco de plantio. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados com três repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância ANOVA) pelo teste Fe, na existência de efeitos significativos dos tratamentos, foram submetidos ao teste de Tukey (p<0,05) para comparação das médias. Foi observada diferença significativa para as variáveis número e massa de nódulos nos três locais, com exceção daquele na FAPA, onde nenhum tratamento destacou-se. Para a variável rendimento de grãos não houve diferença significativa entre tratamentos nos locais FAPA e Candói contrastando com Pinhão, onde o tratamento com ureia (T4) superou T15 (N foliar em R5.1) que por sua vez se sobressaiu em relação ao T7 (inoculante 4x a dose). Apesar disso, T4 não diferiu significativamente do T1 (testemunha sem reinoculação), indicando que havia no solo durante todo ciclo disponível para a manutenção da cultura. Não foi constatada, ainda, diferença entre os métodos de aplicação dos inoculantes (sulco ou semente), embora a pulverização no sulco proporcione maior rendimento operacional durante a etapa de plantio. Com base nos resultados obtidos é possível afirmar que em condições similares a do presente trabalho não há vantagem em se utilizar N mineral em soja. A inoculação segue sendo a forma mais viável de fornecimento de nitrogênio à soja no sentido técnico e econômico. | pt_BR |