A melancolia na poesia de Paulo Henriques Britto
Resumo
Resumo: Este trabalho tem por objetivo investigar nos poemas de Paulo Henriques Britto as nuances melancólicas que neles se apresentam. O poeta carioca, nascido em 1951, tradutor e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, é autor de cinco livros de poemas e um de contos. São contemplados nessa dissertação apenas os livros de poemas, e sob uma perspectiva seletiva: durante sua leitura percebeu-se que a temática da melancolia é uma constante, optando-se por investigar apenas esse elemento. Aprofundando o assunto, notou-se que mesmo a melancolia subjacente nos poemas poderia ser desdobrada em três eixos: I) melancolia filosófica; II) pesares do eu e III) sensação melancólica. Cada divisão foi elaborada tendo em vista a maneira como o eu lírico se posicionava diante do sentimento da melancolia e de que forma ele o abordava. Com o intuito de fomentar as análises, foram essenciais os estudos de Andrew Solomon, bem como de filósofos diversas as épocas, como Aristóteles, Michel de Montaigne e Jean-Paul Sartre. Por fim, concluiu-se que a persona melancólica criada por Britto aos poucos toma ares de amadurecimento e transita da melancolia para a resignação, conformando-se com os pesares da existência e aprendendo a conviver com eles. Abstract: This study aims to investigate the nuances of melancholy within Paulo Henriques Britto's poetry. Born in 1951, the professor and translator works at the Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, and wrote five poetry books. In this study we analyze the books of poems under a single point of view: while reading the poems we perceived that melancholy was a constant theme. For this reason, we have noted that, underlying melancholy poems, we could find three distinct versions of the theme: I) philosophical melancholy; II) regrets of the self III) melancholy sensation. In order to reinforce such analyzes, the studies of Andrew Solomon, as well as several philosophers, such as Aristotle, Michel de Montaigne and Jean-Paul Sartre were essential. Finally, we concluded that the melancholy persona built by Britto is transformed during this time, and his lyric self becomes a more peaceful and aquiescent person, who learned to live with his sorrows.
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