Atmosfera do espaço de transição : estudo de casos em lugares da arquitetura de Curitiba-PR
Resumo
Resumo: A temática do ambiente construído em arquitetura e urbanismo normalmente denota uma abordagem orientada pelos aspectos físicos do conforto ambiental, o que de certa forma reduz a noção de experiência em arquitetura à maneira como os usuários reagem à estas condições físicas do ambiente. Porém, através de uma noção mais ampla do que se entende por experiência, é oportuno abordar como as atmosferas e o caráter conformam a qualidade de experiência do usuário em arquitetura. Paralelamente, no contexto da cidade, confrontamo-nos com a distância da arquitetura para sua dimensão coletiva: o edifício é muitas vezes concebido como objeto isolado estabelecendo divisas no espaço entre as atmosferas pública e privada. O que colabora na construção de um espaço repleto de divisas, ambientes vazios, inseguros e sem atrativos para usuários e habitantes. Dessa forma, pergunta-se: como é possível então propor espaços que dialoguem com o coletivo e ao mesmo tempo permitam conformar a experiência positiva das atmosferas, considerando esta realidade? A partir desta inquietação, o trabalho de pesquisa pretende criar um enfoque na produção e uso dos espaços de transição do ambiente construído dos edifícios centrais em Curitiba, considerando o caso no espaço entre as atmosferas coletivas e individuais dos objetos arquitetônicos e da cidade. Portanto, entendendo o espaço de transição como um dispositivo qualificador da experiência do espaço público e do objeto arquitetônico, desenvolveu-se neste estudo um panorama do ambiente construído nos espaços de transição em edifícios centrais da cidade e buscou-se interpretar como estas transições permitem estabelecer maneiras de pensar seu design para um possível melhoramento deste espaço, baseando-se no desenvolvimento de uma revisão bibliográfica, no estudo de múltiplos casos de edifícios existentes e posterior geração de possibilidades para apoiar a concepção e construção de um espaço ambivalente, atuando em ambas atmosferas pública e privada como modo de atuar na qualidade das atmosferas da cidade. Abstract: The subject of built environments in architecture and urban planning is usually inclined to the discussion of physical aspects of environmental comfort, which, in a certain way, diminishes the awareness of an experience of architecture, in matter of how users react to this environment conditions. However, through a wider notion of what experience means, it is appropriate to attend how atmospheres and character take place at the quality of the user experience in architecture. At the same time, in the context of the city, we face up the distance of architecture and its collective dimension: the building is often conceived as an isolated object, establishing limits in the space between public and private atmospheres. Which helps to construct a space full of barriers, empty, insecure spaces with no appeal to the users and inhabitants. Thus, the question is: how is it possible then to offer spaces that dialogue with the collective and at the same time allow to conform a positive experience of atmospheres, regarding this reality? From that question, the research aims to focus on the production and uses of the transitional spaces of built environments of Curitiba's downtown buildings, considering the space between collective and individual atmospheres from the city's architectural objects. Therefore, from understanding transitional space as a qualifying device of public space and architectural objects' experience, it was developed in this study an overview of built environment on transition spaces of downtown area buildings. The research pursued to translate how these transitions allow to set up new ways of thinking its design to improve the referred space, based on the development of a bibliography review, studying multiple cases of existing buildings and a posterior generation of possibilities to support the conception and construction of an ambivalent space, operating on both public and private atmospheres, as a way to deal with the quality of city's atmospheres.
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