Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorFonseca, Ricardo Marcelo, 1969-pt_BR
dc.contributor.authorAraujo, Dhyego Câmara de, 1989-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Jurídicas. Programa de Pós-Graduação em Direitopt_BR
dc.date.accessioned2022-03-16T21:11:00Z
dc.date.available2022-03-16T21:11:00Z
dc.date.issued2021pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/73926
dc.descriptionOrientador: Prof. Dr. Ricardo Marcelo Fonsecapt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito. Defesa : Curitiba, 23/09/2021pt_BR
dc.descriptionInclui referências: p. 176-184pt_BR
dc.description.abstractResumo: Nesta tese busco investigar em que medida o direito ao luto público pode se constituir como uma luta por direitos no presente. Parto da premissa de que a pandemia de Covid-19 no Brasil tornou evidente aquilo para o que Judith Butler apontava desde o início dos anos 2000: a relevância da vulnerabilidade corpórea para constituição de nossos laços ético-políticos. Assim, este trabalho tem na vulnerabilidade o seu fio condutor, sendo explorada a partir da experiência da perda, tanto em sua dimensão coletiva provocada pela transmissão descontrolada do coronavírus, como em sua dimensão constitutiva das próprias relações sociais e políticas. Diante da perda e da distribuição desigual da condição de ser enlutável, minha hipótese inicial era de que a reivindicação do direito ao luto público poderia se constituir como uma maneira de se contrapor ao negacionismo. Se, no presente, a política negacionista se efetiva pela interdição de enlutarmos os nossos mortos, ao mesmo tempo em que impossibilita as lutas por direitos nas ruas, tais condições se tornaram o ponto de partida para a compreensão das mobilizações políticas que acontecem no cenário pandêmico. Essas relações de forças me remeteram a outros eventos, nos quais também estavam em jogo o negacionismo, a figura de Jair Bolsonaro e a experiência da perda a partir da qual o direito ao luto poderia emergir. Assim, o retorno às lutas promovidas pelos sobreviventes e familiares daqueles que resistiram à ditadura militar, ao caso de Evaldo Rosa, bem como ao movimento "Ele não!", se tornou necessário para a compreensão das maneiras pelas quais o direito ao luto público pode se manifestar no presente, enquanto um modo de existir que se dá pela resistência. Tal retorno ocorreu por processos de reversibilidade geográfica e temporal provocados pelos próprios recursos selecionados para a escrita da tese (fotografias, notícias e depoimentos). Se uma das marcas do contemporâneo se refere à negação da vulnerabilidade, o direito ao luto público como política de memória e da verdade se constitui como uma maneira de reivindicarmos o direito a sobrevivermos e a persistirmos, o que implica na luta para criação e manutenção das condições que permitem as próprias lutas por direitos no presente.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: In this thesis I seek to investigate to what extent the right to public mourning can be constituted as a struggle for rights in the present. I start from the premise that Covid-19 pandemic in Brazil made evident what Judith Butler had pointed out since the early 2000s: the relevance of bodily vulnerability to the constitution of our ethicalpolitical binds. Thus, this work has the vulnerability as its common thread, being explored from the experience of loss, both in its collective dimension caused by the uncontrolled transmission of the coronavirus, and in its constitutive dimension of social and political relations. Faced with the loss and unequal distribution of the condition of being mourned, my initial hypothesis was that the right of public mourning claims could be constituted as a way to counteract the denial politics. If, at present, that politics prohibits us from mourning our dead, while making impossible the struggle for rights in the streets, such conditions have become the starting point for understanding the political mobilizations that take place in the pandemic scenario. These power relations led me to other events, in which denialism, the figure of Jair Bolsonaro, and the experience of loss were also at stake. Thus, the return to the struggles promoted by survivors and family members of those who resisted the military dictatorship, to the case of Evaldo Rosa, and also to the "He doesn't!" movement, became necessary for the understanding of the ways in which the right to public mourning can be manifest in the present, as a way of existing through resistance. This return occurred through the processes of geographic and temporal reversibility caused by the resources selected for writing the thesis (photographs, news and testimonies). If one of the marks of the contemporary is the denial of vulnerability, the right to public mourning as a politics of memory and a politics of the truth constitute itself as a way of claiming the right to survive and to persist, which implies the fight for the creation and maintenance of those conditions that allow the struggles for rights in the present.pt_BR
dc.description.abstractResumen: En esta tesis busco investigar hasta qué punto el derecho al duelo público puede constituirse como una lucha por los derechos en el presente. Partiendo de la premisa de que la pandemia de Covid-19 en Brasil puso de manifiesto lo que Judith Butler había señalado desde principios de la década de 2000: la relevancia de la vulnerabilidad corporal para la constitución de nuestros lazos ético-políticos. Así, esta obra tiene como hilo conductor la vulnerabilidad, siendo explorada desde la experiencia de la pérdida, tanto en su dimensión colectiva provocada por la transmisión descontrolada del coronavirus, como en su dimensión constitutiva de las relaciones sociales y políticas. Ante la pérdida y desigual distribución de la condición de duelo, mi hipótesis inicial fue que la reivindicación del derecho al duelo público podría constituirse como una forma de contrarrestar la negación. Si, en la actualidad, la política de negación se lleva a cabo prohibiéndonos el duelo por nuestros muertos, al tiempo que imposibilita la lucha por los derechos en las calles, tales condiciones se han convertido en el punto de partida para entender las movilizaciones políticas que se dan en el escenario pandémico. Estas relaciones de poder me llevaron a otros hechos, en los que también estaban en juego el negacionismo, la figura de Jair Bolsonaro y la experiencia de pérdida de la que podía surgir el derecho al duelo. Así, el retorno a las luchas promovidas por sobrevivientes y familiares de quienes resistieron la dictadura militar, en el caso de Evaldo Rosa, así como el movimiento "¡Él no!", se hizo necesario para comprender las formas en que el derecho a el duelo público puede manifestarse en el presente, como una forma de existir a través de la resistencia. Este retorno se debió a procesos de reversibilidad geográfica y temporal provocados por los recursos seleccionados para la redacción de la tesis (fotografías, noticias y testimonios). Si una de las marcas de lo contemporáneo se refiere a la negación de la vulnerabilidad, el derecho al duelo público como política de la memoria y de la verdad se constituye como una forma de reivindicar el derecho a sobrevivir y persistir, que implica la lucha por crear y mantener las condiciones que permitan las luchas por los derechos en el presente.pt_BR
dc.format.extent1 arquivo (184 p.) : PDF.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectLutopt_BR
dc.subjectDireitopt_BR
dc.subjectCOVID-19 (doença)pt_BR
dc.subjectDireitopt_BR
dc.titleContra o negacionismo : o direito ao luto como uma luta por direitospt_BR
dc.typeTese Digitalpt_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples