Um chá e soju para Janes : reflexões sobre os corpos femininos nas fronteiras entre Jane Eyre e sua releitura coreana-americana, Re Jane
Resumo
Resumo: Esta dissertação se propõe a realizar um estudo comparado entre duas obras, sendo aprimeira escrita por Charlotte Brontë, Jane Eyre (1847) e a segunda, sua releitura coreanaamericana,Re Jane (2015), da autora Patricia Park. O intuito desta análise foi compreendera reconstrução dos corpos e subjetividades das personagens femininas na apropriação dePark, sendo elaborada no entre-lugar (BHABHA, 2003), na fronteira/encruzilhada, deacordo com Anzaldúa (1987), das culturas coreanas e norte-americanas, que é disposta nanarrativa pelo bairro do Queens, Nova York, no qual a protagonista é criada pelos tios. Paraisso, utilizamos os pressupostos teóricos de Felski em Literature after feminism (2003) nostermos da autoria feminina e enredo, dentro do campo de estudos da crítica literáriafeminista. O primeiro capítulo dedica-se a autoria, trazendo discussões acerca de gênero eperformatividade de Butler (2020), que guiaram a compreensão de vivências e experiênciasdas autoras das obras supracitadas. O segundo capítulo é voltado para o enredo, sua estruturae repetição. O enredo de Re Jane foi visto como uma apropriação, uma prática crítica póscolonialde subversão do cânone tradicional, imperialista e colonial. A análise empreendidano terceiro capítulo se trata da caracterização e ressignificação das personagens da releituraem relação aos da primeira obra. Sendo assim, consideramos as tipologias dos corpos esubjetividades femininas na literatura, segundo Xavier (2021), averiguando os pares Jane Ree Jane Eyre, Beth e Bertha, Devon e Adèle, mães (de ambas as protagonistas) e a singularEmo, elaborando uma análise crítica e detalhada. Abstract: This dissertation aims to carry out a comparative analysis between two novels: the firstwritten by Charlotte Brontë, named Jane Eyre (1847) and the second, its Korean-Americanappropriation, Re Jane (2015) by Patricia Park. The purpose of this study is to understandthe reconstruction of the female characters' bodies in Park’s appropriation, seen that it waselaborated in the in-between (Bhabha, 2003), or on the borders / crossroads, according toAnzaldúa (1987) of Korean and American cultures. For these purposes, we use Felski'stheoretical assumptions from Literature after Feminism (2003) in terms of female authorshipand plot, based on the concepts of the feminist literary criticism scholarship. The firstchapter is dedicated to authorship, taking into account the ideas on gender andperformativity studied by Butler (2019). The second chapter focuses on the plot, as well asits structure and repetition. Re Jane's plot is considered as an appropriation, a postcolonialcritical practice of subversion of the traditional, imperialist and colonial canon. The analysisundertaken in the third chapter deals with the characterization and resignification of thecharacters in the rereading in relation to the first novel. We consider the typologies of femalebodies and subjectivities in literature, conforming to Xavier (2021), investigating the pairsJane Re and Jane Eyre, Beth and Bertha, Devon and Adèle, mothers (of both protagonists),and a singular Emo, Jane Re’s aunt.
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