Os riscos corporais do brincar : o que dizem crianças da educação infantil
Abstract
Resumo: O presente estudo trata de uma investigação interpretativa, realizada com 12 crianças de 4-5 anos em uma escola particular de criança pequena, localizada no município de Curitiba/PR. A pesquisa foi construída a partir da seguinte pergunta: como as crianças de 4 e 5 anos compreendem os riscos corporais nas situações de brincadeira? E os referenciais teóricos são autores da sociologia da infância como Corsaro e Sarmento e, para a perspectiva sobre o risco: Le Breton, Bernstein e Sandseter. Devido às especificidades das pesquisas com crianças, faz-se uso dos seguintes procedimentos/instrumentos para a produção de dados: a roda de conversa com disparadores de imagens de brincadeiras consideradas arriscadas, trechos de filmes infantis, arquivos da professora das crianças participantes da pesquisa e visita monitorada no quintal da escola. A análise por triangulação foi utilizada e os dados foram organizados em três categorias temáticas, sendo elas: Tipos de Risco, A Criança Diante do Risco e Quando a Criança se Arrisca. Como conclusões, o risco foi compreendido como um componente do brincar e elemento presente nos espaços externos. Já o espaço externo foi reconhecido como mobilizador do brincar arriscado e as brincadeiras arriscadas como componente da cultura lúdica infantil. As relações com o adulto e/ou com os pares como necessárias nas experiências com o brincar arriscado e a conversa como promotora da tomada de consciência frente ao risco, onde, o corpo criança em movimento pôde ser entendido como brinquedo nas brincadeiras arriscadas. Abstract: The present study deals with an interpretative research, carried out with 12 children aged 4-5 years in a private school for young children, located in the municipality of Curitiba/PR. The research was built from the following question: how do 4 and 5 year old children understand body risks in play situations? And the theoretical references are authors of the sociology of childhood as Corsaro and Sarmento and, for the perspective on risk: Le Breton, Bernstein and Sandseter. Due to the specificities of the research with children, the following procedures/instruments were used for data production: a conversation circle with triggers for images of games considered risky, excerpts from children's movies, files from the teacher of the children participating in the research, and a monitored visit to the school yard. Triangulation analysis was used and the data were organized into three thematic categories, these being: Types of Risk, The Child Facing Risk, and When the Child Risks. As conclusions, risk was understood as a component of play and an element present in the external spaces. The outdoor space was recognized as a mobilizer of risky play, and risky play as a component of children's play culture. Relationships with adults and/or peers were seen as necessary in the experiences of risky play, and conversation as a promoter of awareness of risk, where the child's body in movement could be understood as a toy in risky play.
Collections
- Dissertações [868]