Lazer e subjetividades : a mútua determinação esquecida nos currículos de Educação Física
Resumo
Resumo: Ao caminhar, encontro pistas, nas pistas busco consistência para as interrogações que emergiam da complexidade de um diálogo entre os interlocutores teóricos e as experiências dos corpos-sujeitos no cotidiano das práticas de lazer. No intuito de melhor caracterizar essa dimensão do subjetivo, procurei reconhecer nas práticas de lazer observadas em instâncias livres, particularmente nos pátios das escolas públicas de Indaial-SC, possibilidades para estabelecer um diálogo entre o que está contemplado nas discussões de lazer e o que está obscuro quanto à formação humana a partir das práticas de Lazer/Educação Física. Estabeleço os contornos na busca de Elementos para o entendimento a respeito de Lazer, numa dimensão que exige parâmetros para se efetivar uma compreensão do lazer como dinâmica social, considerando que o acesso e as oportunidades se relacionam com as desigualdades de condições de vida dos sujeitos. Faço emergir uma reflexão a partir das diferenças e implicações que aparecem no jogo, na cultura popular e no esporte, desvendando os caminhos escolhidos pelos sujeitos para romper com os delineamentos conceituais já fixados, que circunscrevem de maneira denegatória a prática de lazer sem comando na escola. A pesquisa sobre a produção de Subjetividades no Lazer - baseou-se num exercício dialético, entre o objetivo e o subjetivo, entre o particular e o coletivo, entre o dito e o não dito, entre o sujeito-pesquisador e os sujeitos da pesquisa. Na pluralidade das práticas de lazer na escola, radicam as possibilidades de compreensão das manifestações que fomentam a constituição de subjetividades emancipadas e de identificação dos mecanismos ideológicos de dominação que reprimem a produção de subjetividades no registro sociocultural. Para concluir, é reintroduzida uma reflexão a partir das observações das atitudes e emoções percebidas nas relações dos sujeitos estabelecidas com seu próprio corpo e com o corpo do outro tatuando no agir coletivo as manifestações próprias de sua emancipação e criatividade. A fala dos entrevistados possibilitou a descrição das subjetividades obscuras e ocultas nos processos da realidade objetiva, livremente manifestadas nos jogos, brincadeiras e danças, sugerindo uma recriação dos muitos elementos constitutivos das práticas de lazer e uma inserção da subjetividade como um produto social constituído e em constituição, a ser valorizado nos elementos que norteiam os processos de formação humana, incluindo-se os processos de educação formal e de formação profissional em Educação Física. Abstract: This research is based on the day-to-day relationship, of the body dialogue between the subjects in order to constitute subjective elements taking into consideration a free contact and the dynamic in the free lazy time. Understanding as "lazy time", all the parallel activities that had some kinds of perceptive influences like popular games, sports, jokes and dances. The registers concerning conversations, movements and attitudes, made clear the constitution of the dialectical exercise between the particular and the collective, between the objective and the subjective, the said and the unsaid, between the partner and the opponent. As a result, the possibilities to create and recreate are open... adventures and jokes.... pleasure and free time.
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