A Trajetória na construção da identidade da personagem-narradora-autora Carolina Maria de Jesus em seus diários
Abstract
Resumo: Carolina Maria de Jesus ficou internacionalmente conhecida no ano de 1960, após a publicação de seu diário: Quarto de despejo: diário de uma favelada, que se tornou um best seller. Apesar de uma vasta produção escrita, Carolina foi uma mulher incompreendida pelo seu tempo e também por muito tempo depois da sua morte, porque estava completamente distante dos padrões exigidos pela academia em relação aos critérios para ser escritora ou para ter sua obra considerada como literária, sob a ótica de uma elite que prezava o cânone. Em virtude disso, por meio deste trabalho, procura-se divulgar a obra de Carolina Maria de Jesus, tomando como base a compreensão da trajetória apresentada em seus diários publicados: Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960); Casa de Alvenaria, diário de uma ex-favelada (1961); Diário de Bitita (1986) e Meu estranho diário (1996). Ao conhecer sua trajetória, é possível estabelecer uma ligação entre a identidade de Carolina e a trajetória social do negro na sociedade brasileira que, juntamente com a memória, aparece nos relatos da autora que se configura simultaneamente como narradora e personagem dos seus escritos. Palavras-chave: Carolina Maria de Jesus. Diários. Trajetória. Identidade. Memória. Abstract: Carolina Maria de Jesus became internationally known in 1960, after the publication of her diary: Child of the dark: the diary of Carolina Maria de Jesus, which became a best seller. Despite vast written production, Carolina was a woman misunderstood by her contemporaries and also for a long time after her death, because she was completely distant from the standards demanded by the academy in relation to the criteria to be a writer or to have her work considered as literary, under the view of an elite who prized the canon. Because of that, this work intends to divulge the work of Carolina Maria de Jesus, taking as basis the understanding of the trajectory presented in her published diaries: Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960); Casa de Alvenaria, diário de uma ex-favelada (1961); Diário de Bitita (1986) e Meu estranho diário (1996). By knowing her trajectory, it is possible to establish a connection between the identity of Carolina and the social trajectory of the black people in the Brazilian society that, together with the memory, appears in the author's reports who is simultaneously configured as narrator and character of her writings. Keywords: Carolina Maria de Jesus. Diary. Trajectory. Identity. Memory.
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