Uso de indutores de resistência nas principais culturas agrícolas
Resumo
Resumo: O manejo integrado de culturas agrícolas enfrenta desafios cada vez mais complexos em razão das constantes ameaças causadas por pragas e doenças. Diante desse cenário, o uso de indutores de resistência surge como uma alternativa viável e promissora para reduzir a dependência de defensivos químicos e promover práticas agrícolas mais sustentáveis. Este estudo teve como objetivo compilar e analisar os avanços mais recentes no uso de indutores de resistência em culturas agrícolas, destacando suas vantagens, limitações e perspectivas de aplicação. A metodologia utilizada consistiu em uma revisão bibliográfica, com levantamento de artigos publicados entre 2016 e 2025, por meio das bases Google Scholar, Scopus e SciELO, com foco em estudos sobre soja, milho, feijão, sorgo e outras culturas tropicais. Os dados analisados consideraram os efeitos de substâncias como fosfitos, ácido salicílico, biofertilizantes, aminoácidos e quelatos de metais na indução de mecanismos naturais de defesa das plantas, bem como seu impacto no desenvolvimento e produtividade vegetal. Os resultados indicam que os indutores de resistência podem ativar rotas metabólicas importantes, como a produção de fitoalexinas e compostos antioxidantes, além de contribuir para a redução da severidade de doenças como a ferrugem asiática e o mofo branco. Estratégias integradas, que combinam indutores com biofungicidas ou práticas agronômicas modernas, mostraram-se particularmente eficazes na melhoria da saúde das plantas e da eficiência produtiva. Conclui-se que o uso de indutores de resistência representa uma ferramenta valiosa para o manejo sustentável da agricultura, com potencial de ampliar a resiliência das lavouras frente a estresses bióticos e abióticos, embora ainda existam desafios relacionados à variabilidade de resposta e aos custos de aplicação. A ampliação de pesquisas e a adaptação tecnológica às condições locais são fundamentais para a consolidação dessa abordagem Abstract: The management of integrated agricultural crops is facing increasingly complex challenges due to the constant threats caused by pests and diseases. In this scenario, the use of resistance inducers has emerged as a viable and promising alternative to reduce dependence on chemical pesticides and promote more sustainable agricultural practices. The aim of this study was to compile and analyze the most recent advances in the use of resistance inducers in agricultural crops, highlighting their advantages, limitations and application prospects. The methodology used consisted of a literature review, with a survey of articles published between 2016 and 2025, through Google Scholar, Scopus and SciELO databases, focusing on studies on soybeans, corn, beans, sorghum and other tropical crops. The data analyzed considered the effects of substances such as phosphites, salicylic acid, biofertilizers, amino acids and metal chelates on the induction of natural plant defense mechanisms, as well as their impact on plant performance and productivity. The results indicate that resistance inducers can activate important metabolic pathways, such as the production of phytoalexins and antioxidant compounds, as well as helping to reduce the severity of diseases such as Asian rust and white mold. Integrated strategies that combine inducers with biofungicides or modern agronomic practices have proved particularly effective in improving plant health and production efficiency. It is therefore concluded that the use of resistance inducers represents a valuable tool for the sustainable management of agriculture, with the potential to increase the resilience of crops in the face of biotic and abiotic stresses, although there are still challenges related to the variability of response and application costs. Further research and technological adaptation to local conditions are essential to consolidate this approach
Collections
- Fitossanidade [156]