Gestão fitossanitária de arboretos : uma proposta de manejo integrado de pragas e doenças para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Resumo
Resumo: O presente trabalho discute a implementação e os benefícios do Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIPD) no Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). O estudo foi realizado ao longo de um ano e meio, com o acompanhamento das atividades do Setor de Fitossanidade do JBRJ. O MIPD integra métodos culturais, biológicos e químicos para manejar pragas e doenças de forma segura para as plantas, insetos benéficos, animais do ecossistema e seres humanos. A metodologia do MIPD no JBRJ compreende várias etapas, começando pelo monitoramento semanal das plantas, onde técnicos inspecionam folhas e troncos em busca de sinais de doenças bióticas e pragas como cupins e besouros. Qualquer material coletado é encaminhado para identificação laboratorial, permitindo decisões de manejo informadas. O conceito de "Nível de Dano Tolerável" (NDT) foi adaptado para o contexto do arboreto, considerando a importância científica, histórica e cultural das plantas, além da necessidade de manter o equilíbrio ecológico. Práticas de prevenção, como a instalação de áreas de quarentena para novas plantas e o manejo hídrico e da insolação, são essenciais para reduzir a introdução e disseminação de pragas e doenças. Quando intervenções fitossanitárias são necessárias, o MIPD prioriza métodos menos disruptivos, como o controle biológico e mecânico, além do uso seletivo de pesticidas. A avaliação contínua dos resultados permite ajustes no plano de manejo, garantindo sua eficácia e adaptabilidade a mudanças ambientais ou no comportamento das pragas e doenças. Os jardins botânicos, como o JBRJ, desempenham um papel crucial na conservação da biodiversidade, educação ambiental e promoção de práticas agrícolas sustentáveis. A aplicação bem-sucedida do MIPD no JBRJ serve como modelo para outros jardins botânicos e arboretos, demonstrando a viabilidade de uma gestão fitossanitária sustentável e incentivando uma relação mais harmoniosa com a natureza Abstract: This paper discusses the implementation and benefits of Integrated Pest and Disease Management (IPDM) at the Rio de Janeiro Botanical Garden (JBRJ). The study was conducted over a year and a half, monitoring the activities of the Phytosanitary Department of JBRJ. IPDM integrates cultural, biological, and chemical methods to manage pests and diseases safely for plants, beneficial insects, ecosystem animals, and humans. The methodology of IPDM at JBRJ involves several stages, beginning with the weekly monitoring of plants, where technicians inspect leaves and trunks for signs of biotic diseases and pests such as termites and beetles. Any collected material is sent for laboratory identification, allowing informed management decisions. The concept of the "Tolerable Damage Level" (TDL) was adapted for the arboretum context, considering the scientific, historical, and cultural importance of the plants, as well as the need to maintain ecological balance. Preventive practices, such as establishing quarantine areas for new plants and managing water and sunlight, are essential to reduce the introduction and spread of pests and diseases. When phytosanitary interventions are necessary, IPDM prioritizes less disruptive methods, such as biological and mechanical control, as well as the selective use of pesticides. Continuous evaluation of results allows for adjustments to the management plan, ensuring its effectiveness and adaptability to environmental changes of disease and pest behavior. Botanical gardens like JBRJ play a crucial role in biodiversity conservation, environmental education, and the promotion of sustainable agricultural practices. The successful application of IPDM at JBRJ serves as a model for other botanical gardens and arboreta, demonstrating the feasibility of sustainable phytosanitary management and encouraging a more harmonious relationship with nature
Collections
- Fitossanidade [151]