Corpo in comum que dança : cartografias dos modos de resistir

Abstract

Resumo: A presente cartografia enquanto pesquisa de doutoramento tem por objeto acompanhar os processos de criação de um grupo de Dança Contemporânea ligado ao Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro, percursos nos quais corpos que se disponibilizam para a dança são (des) orientados por esta professora, artista e pesquisadora. Este espaço institucional público, vem a ser constituir como um lugar de experimentação de outras maneiras de pensar~criar com a dança. Resgata e torna visíveis os procedimentos da dança contemporânea que são selecionados e experimentados com a finalidade de que esse grupo se mantenha mobilizado por meio e em ações colaborativas, assim, conduz a escolha da cartografia como metodologia de análise. Esta opção aproxima essa proposta de pesquisa à filosofia da diferença de Gilles Deleuze e Félix Guattari, teoria que contribuiu para a aliança entre teoria e prática nos estudos das artes do corpo. Ao acolher a cartografia como método, amplio possibilidades, tais como: criar vetores heterogêneos e a tecer as linhas do rizoma em uma rede que articula, conecta, se funde, desvia, salta, embaralha na busca de um corpo-sem-órgãos (Antonin Artaud). Entre as minhas linhas molares e de vida, as moleculares, linhas profissionais e de grupo, trago uma exposição ramificada e sobreposta do como me tornei uma professora de dança e, em meio a certas modulações do passado no presente, uma trilha do vivido foi esboçado, um diagrama de um dançar coletivo. Dançar que se inspira em Jussara Setenta, André Lepecki e Thereza Rocha, onde absorvo inspirações que disponibiliza aos corpos in comuns e dançantes, provocações a se deslocar e a se perceber de um modo outro pelo mover. No desejo de levantar pistas de procedimentos artísticos~pedagógicos em dança e mapear procedimentos de um processo de criação e organizá-los em linhas investigativas, a pesquisa provoca o mover do corpo subjetivo, poético e político

Abstract: The present cartography, as a doctoral research, aims to accompany the creation processes of a Contemporary Dance group linked to the State Center for Arts Training Guido Viaro. In these journeys, bodies that are willing to dance are (dis)oriented by this teacher, artist, and researcher. This public institutional space is constituted as a place for experimenting with other ways of thinking and creating with dance. It rescues and makes visible the procedures of contemporary dance that are selected and experimented with the purpose of keeping this group mobilized through and in collaborative actions, thus leading to the choice of cartography as a methodology for analysis. This option aligns this research proposal with the philosophy of difference by Gilles Deleuze and Félix Guattari, a theory that contributed to the alliance between theory and practice in the studies of body arts. By embracing cartography as a method, I expand possibilities, such as creating heterogeneous vectors and weaving the lines of the rhizome into a network that articulates, connects, merges, diverts, leaps, and shuffles in the search for a body-without-organs (Antonin Artaud). Among my molar and life lines, the molecular ones, professional and group lines, I present a branched and overlapping exposition of how I became a dance teacher. Amid certain modulations of the past in the present, a trail of lived experience has been sketched, a diagram of collective dancing. Dancing that is inspired by Jussara Setenta, André Lepecki, and Thereza Rocha, where I absorb inspirations that are made available to common and dancing bodies, provocations to shift and perceive oneself in another way through movement. In the desire to raise clues of artistic-pedagogical procedures in dance and to map the procedures of a creation process and organize them into investigative lines, the research provokes the movement of the subjective, poetic, and political body