Suplementação com óleo de peixe melhora resposta glicêmica e atenua alterações histomorfométricas do músculo plantar de ratos no início do envelhecimento
Resumo
Resumo : O envelhecimento é caracterizado pela perda progressiva da funcionalidade celular e tecidual de um indivíduo. Entre os tecidos que passam por essa disfunção, destaca-se o músculo estriado esquelético por sua importância na sustentação e metabolismo do organismo. Uma vez que essas mudanças são acompanhadas por desregulação na sensibilidade a nutrientes, destacam-se intervenções nutricionais que atenuem o declínio tecidual com a idade, como a suplementação com ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (AGPI-n3). Assim, este estudo buscou avaliar os efeitos da suplementação com doses de 1 g/kg de óleo de peixe (grupo OP), ricos em AGPI-n3, no início da intolerância periférica à glicose em ratos Wistar. A diminuição da captação de glicose foi identificada pelo Teste de Tolerância à Glicose (GTT) aos 12 meses de idade dos animais. A partir desse momento foi iniciada a suplementação, por 60 dias, com óleo de peixe. Em seguida, foi realizado um novo GTT, onde se observou melhora da captação da glicose no grupo OP (p<0,5). Os animais foram então eutanasiados para a coleta do músculo plantar de ambos membros pélvicos. Posterior análise histomorfométrica revelou aumento da densidade de fibras (p<0,01) e da presença de núcleos centrais nas fibras (p<0,01) dos animais do grupo OP quando comparada à do grupo controle, ambos indicativos de melhora na regeneração tecidual. Contudo, não foi observada hipertrofia ou aumento da capilarização tecidual. Em conjunto, esses dados sugerem um importante papel do óleo de peixe na modulação da captação de glicose e da morfologia muscular esquelética no início do processo de envelhecimento
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