Analítica da decolonialidade em educação matemática, atravessamentos da justiça epistêmica : as oito teses

Abstract

Resumo: Neste estudo, a educação matemática decolonial serve como um impulso para a construção de uma pesquisa que desafia os paradigmas coloniais. A tese, desenvolvida no contexto do Grupo de Estudos Curriculares, Decolonialidade, Diversidade e Subalternidade (GECUDEDIS), investiga os princípios básicos de uma educação matemática decolonial. Com base nessa questão, formulamos teses sobre a analítica do despacho decolonial. Para isso, tensionamos diferentes sentidos e encontramos inspiração na cultura iorubá, nas tradições africanas para a criação de rachaduras epistemológicas. Nesse sentido, os aportes teóricos são extraídos dos trabalhos de Ubiratan D’Ambrosio, Nelson Maldonado-Torres, Catherine Walsh, Luiz Rufino, Filipe Fernandes Santos e Ailton Krenak, que corroboram na criação da justiça epistêmica. Metodologicamente, adotamos uma abordagem qualitativa, com foco em um estudo teórico, organizado no formato multipaper, composto por sete artigos que evocam e se manifestam por meio de Xangô, Iemanjá e Exu no envolvimento de enunciados que emergem do fogo, de mares e encruzilhadas, decolonizando a educação matemática por meio de despacho, arrasto e marafunda

Abstract: In this study, decolonial mathematics education serves as an impetus for the construction of research that challenges colonial paradigms. The thesis, developed in the context of the Group of Curricular Studies, Decoloniality, Diversity and Subalternity (GECUDEDIS), investigates the basic principles of a decolonial mathematical education. Based on this question, we formulate theses about the analysis of the decolonial order. To do this, we tension different meanings and find inspiration in Yoruba culture and African traditions to create epistemic cracks. In this sense, the theoretical contributions are extracted from the works of Ubiratan D’Ambrosio, Nelson Maldonado-Torres, Catherine Walsh, Luiz Rufino, Filipe Fernandes Santos and Ailton Krenak, which corroborate the creation of epistemic justice. Methodologically, we adopted a qualitative approach, focusing on a theoretical study, organized in multipaper format, consisting of seven articles that evoke and manifest themselves through Xangô, Iemanjá and Exu in the involvement of statements that emerge from fire, seas and crossroads, decolonizing mathematics education through dispatch, drag and marafunda