A formação acadêmica do jornalista na era da comunicação digital
Resumo
Resumo: O homem descobriu uma nova forma de vivência e participação social em redes. Por meio de códigos alfanuméricos, ele assume nova identidade e encontra uma forma de interagir e influir nos sistemas de informação. Estas descobertas, que são consequências das inovações tecnológicas e da saturação do capitalismo, tendem a se expandir de forma a dispor ao homem duas alternativas: isolar-se cada vez mais atrás das máquinas ou usufruir delas para exercer uma interação verdadeira com o próximo e com as instituições. Diante de tamanhas mudanças, questiona-se o preparo de profissionais que atuarão cada vez mais com novos modelos de comunicação. Jornalistas, em evidência, precisam compreender que a antiga forma de comunicação, claramente autoritária na imposição de mensagens ao receptor, cai por terra com o advento da Internet. O ritmo das mudanças é alucinante. Novas gerações nascem diante de computadores e neles passam a se reconhecer. O preparo dos jornalistas para enfrentar este mundo em transformação passa pela universidade. Estariam os cursos superiores de Jornalismo cumprindo devidamente o papel de formar profissionais com habilidades técnicas, intelectuais e éticas para enfrentar o mercado de trabalho? E como estes jovens jornalistas estão saindo das escolas na busca de emprego num mercado ainda muito confuso na mídia on line? Questões como estas foram feitas com o foco sobre alunos egressos da Universidade Federal do Paraná e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Jovens que se graduaram nos últimos anos mostram que não puderam contar com os cursos superiores de Jornalismo para se garantirem no mercado. E que as escolas, embora estejam passando por momentos de profundas mudanças curriculares, parecem ainda não ter encontrado seu caminho. Não há ainda um claro direcionamento para a formação de profissionais com competência para se adequar às mudanças, da maneira mais ética e humana possível