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    Uma forma de neocolonialismo : o caso franco CFA

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    NORA NENELA IBARA OBAT.pdf (2.161Mb)
    Data
    2024
    Autor
    Obat, Nora Nénéla Ibara
    Metadata
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    Resumo
    Resumo: Quem disse conquista de independência, disse emancipação total da tutela precedente. Todavia, não foi o caso de algumas ex-colônias na África no início da década de 1960, suposta década de retomada de domínio total sobre seu país. Isto posto, o fantasma da era colonial continuou através do uso da moeda colonial, a dita franco CFA. De fato, na genèse, a sigla CFA representava literalmente "colônia francesa da África", criada em 1945. Assim, com a manutenção dessa moeda, a produção de suas notas também foi mantida no mesmo local, a França. Atualmente, os países utilizadores do franco CFA são um grupo de 15 países chamado de "zona franco". Esses países incluem Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo formando a União Económica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA). E a Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC) representada por Camarões, Gabão, o Chade, a Guiné Equatorial, República Centro-Africana e República do Congo. E, por fim, a União das Comores. Essa monografia tem como propósito analisar em profundidade os elementos sociais, jurídicos e políticos da política neocolonialista associada à moeda franco CFA, que perdura há mais de 60 anos em Estados Africanos supostamente independentes. O objetivo desta pesquisa visa explorar as controvérsias jurídicas, sociais e políticas em cerca do papel da moeda franco CFA herdada na era colonial nas relações pós-coloniais. No tocante aos aspectos metodológicos, trata-se de pesquisa de natureza qualitativa, com objetivo descritivo e uso de técnicas de pesquisa bibliográfica e documental. Isso, com foco especificamente em fontes das realidades dos países da zona do franco, particularmente na África Ocidental, na África Central e na União das Comores, em função do recorte temático e geográfico do objeto da pesquisa. As vozes discordantes, nomeadamente as de personalidades políticas que se opõem ao franco CFA, põem em evidência as questões da soberania, da independência económica e do desenvolvimento dos países que utilizam essa moeda. Por conseguinte, esses fatos permitem oferecer matéria para reflexão sobre eventuais reformas. Este estudo tem como finalidade trazer um contributo significativo para a compreensão das dinâmicas neocoloniais e dos desafios contemporâneos que os países Africanos que utilizam o franco CFA enfrentam. As diferentes partes desta monografia serão estruturadas da seguinte forma: a primeira parte abordará a origem e o mecanismo do franco CFA, destacando os atores implicados na sua criação e os debates em torno do seu funcionamento; a segunda parte se concentrará sobre os efeitos da desvalorização do franco CFA nas economias da zona do franco e as consequências da indexação do franco CFA ao euro após a substituição do franco francês na zona do franco; a terceira parte examinará as razões de questionamento sobre o franco CFA e explorará a viabilidade de uma saída desta moeda para os países que a utilizam, tendo em conta as implicações jurídicas
     
    Abstract: Who says conquest of independence, says total emancipation from the previous tutelage. However, this was not the case for some former colonies of Africa in the early 1960s, the supposed decade of resumption of total domination in their countries. That said, the ghost of the colonial era persisted through the use of the colonial currency, called the "CFA franc". Indeed, in the genesis, the acronym CFA literally represented "French colony of Africa", created in 1945. Thus, with the maintenance of this currency, the production of its banknotes has also been maintained in the same place, France. Currently, the countries using the CFA franc are a group of 15 countries called "franc zone". These countries include Benin, Burkina Faso, Ivory Coast, Guinea-Bissau, Mali, Niger, Senegal and Togo, forming the West African Economic and Monetary Union (WAEMU). And the Economic and Monetary Community of Central Africa (CEMAC) represented by Cameroon, Gabon, Chad, Equatorial Guinea, the Central African Republic and the Republic of Congo. And finally, the Union of the Comoros. The purpose of this monograph is to analyze in depth the social, legal and political elements of the neocolonialist policy associated with the CFA franc, which has existed for more than 60 years in supposedly independent African states. The object of this research aims to explore the legal, social and political controversies surrounding the role of this currency inherited from the colonial era in postcolonial relations. Regarding the methodological aspects, this is qualitative research, with a descriptive objective and the use of bibliographic and documentary research techniques. This, by focusing specifically on sources related to the realities of the countries of the franc zone, more precisely in West Africa, Central Africa and the Union of the Comoros, according to the thematic and geographical division of the research object. The discordant voices, in particular those of political figures who oppose the CFA franc, highlight the issues of sovereignty, economic independence and development of the countries that use this currency. Therefore, these facts provide food for thought for possible reforms. This study aims to make a significant contribution to the understanding of neocolonial dynamics and contemporary challenges that African countries using this currency face. The different parts of this monograph will be structured as follows: the first part will address the origin and mechanism of the CFA franc, highlighting the actors involved in its creation and the debates surrounding its operation; the second part will focus on the effects of the devaluation of the CFA franc on the economies of the franc zone and the consequences of the pegging of the CFA franc to the euro after the replacement of the french franc; the third part will examine the reasons for the questioning of the CFA franc and explore the viability of an exit from this currency for the countries that use it, taking into account the legal implications
     
    Résumé: Qui dit conquête de l’indépendance, dit émancipation totale de la tutelle précédente. Cependant, ce ne fut pas le cas de certaines anciennes colonies d’Afrique au début des années 1960, supposée décennie de reprise de la domination totale dans leurs pays. Cela dit, le fantôme de l’ère coloniale a persisté à travers l’utilisation de la monnaie coloniale, dite le «franc CFA». En effet, dans la genèse, le sigle CFA représentait littéralement «colonie française d'Afrique», créée en 1945. Ainsi, avec le maintien de cette devise, la production de ses billets a également été maintenue dans le même lieu, la France. Actuellement, les pays utilisant le franc CFA sont un groupe de 15 pays appelé "zone franc". Ces pays comprennent le Bénin, le Burkina Faso, la Côte d'Ivoire, la Guinée-Bissau, le Mali, le Niger, le Sénégal et le Togo, formant l'Union Économique et Monétaire Ouest-Africaine (UEMOA). Et la Communauté Économique et Monétaire de l'Afrique Centrale (CEMAC) représentée par le Cameroun, le Gabon, le Tchad, la Guinée équatoriale, la République Centrafricaine et la République du Congo. Et enfin, l'Union des Comores. Ce mémoire a pour but d' analyser en profondeur les éléments sociaux, juridiques et politiques de la politique néocolonialiste associée au franc CFA qui existe depuis plus de 60 ans dans des États Africains prétendument indépendants. L’objet de cette recherche vise à explorer les controverses juridiques, sociales et politiques autour du rôle de cette monnaie héritée de l’ère coloniale dans les relations postcoloniales. En ce qui concerne les aspects méthodologiques, il s'agit d'une recherche de nature qualitative, avec un objectif descriptif et l’utilisation de technique de recherche bibliographique et documentaire. Cela, en se concentrant spécifiquement sur des sources liées aux réalités des pays de la zone franc, plus précisément en Afrique de l'Ouest, en Afrique Centrale et dans l'Union des Comores, en fonction du découpage thématique et géographique de l'objet de recherche. Les voix discordantes, notamment celles des personnalités politiques qui s’opposent au franc CFA, mettent en évidence les questions de souveraineté, d'indépendance économique et de développement des pays qui utilisent cette devise. Par conséquent, ces faits permettent d’offrir matière à réflexion pour d'éventuelles réformes. Cette étude a pour finalité d'apporter une contribution significative à la compréhension des dynamiques néocoloniales et des défis contemporains auxquels les pays Africains utilisant cette monnaie sont confrontés. Les différentes parties de ce mémoire seront structurées comme suit: la première partie abordera l'origine et le mécanisme du franc CFA, mettant en avant les acteurs impliqués dans sa création et les débats entourant son fonctionnement; la deuxième partie s'intéressera aux effets de la dévaluation du franc CFA sur les économies de la zone franc et aux conséquences de l'arrimage du franc CFA à l'euro après le remplacement du franc français dans la zone franc; La troisième partie examinera les raisons de la remise en question du franc CFA et explorera la viabilité d'une sortie de cette monnaie pour les pays qui l'utilisent, en tenant compte des implications juridiques.
     
    URI
    https://hdl.handle.net/1884/95894
    Collections
    • Ciências Jurídicas [3569]

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