| dc.description.abstract | A divulgação ou popularização da ciência tem se constituído como prática social imprescindível para a consolidação da cultura científica na sociedade. Em diálogo com o ensino escolar, um número crescente e diverso de iniciativas de educação não-formal têm contribuído para a educação em ciências e para a democratização do conhecimento científico. Este processo, no entanto, não se vê igualmente ampliado e acessível, sobretudo, quando se trata da comunidade surda. No caso da área de Física, por exemplo, mesmo os veículos de maior repercussão não têm nos surdos um público-alvo. Este trabalho pauta, então, o problema da inclusão na divulgação científica, tendo por objetivo a produção e análise de um material de divulgação científica elaborado e destinado especificamente à comunidade surda. Apresenta-se como um estudo de dupla abordagem: primeiro, com o desenvolvimento do conteúdo de divulgação - dois vídeos na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) sobre o acelerador de partículas brasileiro, Sirius, e os conceitos físicos a ele associados - e, subsequente análise, em dimensão qualitativa, a partir de um diário auto-narrativo e de um grupo focal com surdos usuários de LIBRAS. Os resultados apontam para o potencial do conteúdo, que alcançou mais de uma mil visualizações para cada vídeo em menos de 24 horas, mas, também, para as dificuldades de produção e roteirização original em LIBRAS e falta de sinalário específico capaz de viabilizar a compreensão plena de conhecimentos de Física. O uso de classificadores, datilologia ou imagens de suporte não foram capazes de suprir essa dificuldade, apontando que o público surdo coloca desafios específicos aos esforços de divulgação científica | pt_BR |
