dc.description.abstract | Resumo : Até que ponto a linguagem telejomalística depende das imagens para construir o seu discurso? O jornalismo de TV pode prescindir do poder assertivo da palavra? Como palavra e imagem combinam-se na estrutura significante do telejornal? Para responder a estas questões, o presente trabalho toma emprestados alguns dos conceitos básicos da Semiótica, sem no entanto prender-se dogmaticamente a eles, e aborda aspectos que contemplam a evolução tecnológica vivida pelo telejomalismo e o modo de trabalho das equipes de reportagem. A partir daí, tem início a análise de seis edições do Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, que é complementada por algumas reflexões sobre as transformações que a linguagem telejomalística deverá passar com a TV digital e a chamada convergência das mídias. Ciente da complexidade dos processos de recepção e da condição de meio audiovisual da TV, o trabalho não tem a pretensão de identificar qual dos códigos - se o das imagens, se o das palavras - tem maior poder informativo junto aos telespectadores. Seu objetivo é apenas questionar o modo como a linguagem telejornalística se estrutura, já que muitas vezes esse modo parece chocar-se com o traço mais peculiar da televisão, que é a onipresença da imagem. A principal característica desta monografia, portanto, é a busca de algumas das causas que fazem esse modelo hegemônico de telejomalismo ser tão dependente das palavras e, na prática, tão distante da idéia de que "televisão é imagem": o condicionamento histórico da evolução da linguagem telejomalística, a realização de matérias que tradicionalmente não rendem imagens informativas, a rapidez característica do mediuni, a desvalorização dos profissionais da imagem e as características muito-particulares dos códigos icônico e lingüistico - tão diferentes e tão complementares. Ao identificar essas causas, o trabalho não teve a pretensão de diagnosticar todos os possíveis problemas de linguagem do telejomalismo ou de propor um novo modelo para a veiculação de notícias na TV. Ele foi fruto, apenas, de uma necessidade de reflexão, que espera suscitar algumas outras em seus leitores, sobre uma linguagem f ascinante mas que poucas vezes merece a atenção de estudantes, jornalistas e pesquisadores da Comunicação e que, apesar de todo o avanço tecnológico na área, pouco inova e ousa na formatação de sua estrutura significante | pt_BR |