dc.contributor.advisor | Aires, Joanez Aparecida, 1965- | pt_BR |
dc.contributor.other | Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Exatas. Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática | pt_BR |
dc.creator | Silva, Elda Cristina Carneiro da | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-01-22T12:44:33Z | |
dc.date.available | 2025-01-22T12:44:33Z | |
dc.date.issued | 2024 | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/1884/94459 | |
dc.description | Orientadora: Profª. Drª. Joanez Aparecida Aires | pt_BR |
dc.description | Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Exatas, Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática. Defesa : Curitiba, 16/08/2024 | pt_BR |
dc.description | Inclui referências | pt_BR |
dc.description.abstract | Resumo: A educação em ciências/Biologia é amplamente estruturada no estudo da célula como unidade morfofisiológica da vida. No entanto, a história da construção do conceito de célula é ignorada e restrita à descrição do pioneirismo de Hooke na observação e à criação do termo no século XVII, sem referência aos contextos que podem ter influenciado as ideias sobre esse Fato Científico. Contudo, quando se estuda os Fatos Científicos por meio de uma teoria da ciência que orienta o olhar para a relação dos pesquisadores com seu objeto de estudo, podemos obter respostas acerca dos processos da ciência. Segundo a Epistemologia de Ludwik Fleck, o conhecimento é produto histórico e social da ação de uma comunidade de pesquisadores que têm interesse pelos mesmos problemas, utilizam os mesmos métodos e práticas na interação com os objetos do conhecimento, ou seja, compartilham o mesmo Estilo de Pensamento, o qual orienta o modo de pensar e os procedimentos desse Coletivo de Pensamento. O objetivo central do presente trabalho é investigar se a produção da célula mínima pela Biologia Sintética teria potencial para fazer emergir um novo Estilo de Pensamento, em contraposição ao Estilo de Pensamento que orienta o conceito clássico de célula como unidade fundamental da vida. Para alcançar esse propósito, dois estudos foram desenvolvidos. O primeiro refere-se à análise de episódios históricos sobre o conceito clássico de célula em fontes primárias e artigo especializado sobre o tema. O segundo estudo analisa episódios contemporâneos sobre a célula mínima (célula com genoma mínimo sintetizado) em artigos científicos e textos jornalísticos de divulgação científica. Procurei apreender a percepção direcionada (Estilo de Pensamento) dos pesquisadores sobre o conceito clássico de célula e sobre o conceito de célula mínima, bem como a concepção de vida decorrente de cada um dos Estilos de Pensamento identificados, com apoio das concepções de vida em Georges Canguilhem. Esta investigação foi orientada por uma abordagem de natureza qualitativa, utilizando como método a pesquisa documental e bibliográfica e como instrumento para constituição dos dados a análise documental. A análise histórico-epistemológica foi aplicada como técnica de análise dos dados, com base nos fundamentos epistemológicos de Ludwik Fleck. Os resultados apontam para nuances ou variedades do Estilo de Pensamento mecanicista que vêm orientando historicamente o conceito clássico de célula desde sua origem, além da sua coexistência com o Estilo de Pensamento sistêmico. Na atualidade, os conceitos de célula mínima e de célula clássica, mesmo considerados objetos distintos em última análise, são orientados pelo Estilo de Pensamento mecanicista com ênfase na informação do genoma. Uma transformação (Mutação fleckiana) no Estilo de Pensamento requer um Tráfego Intracoletivo e Intercoletivo de conhecimento que não parece estar em voga atualmente na Biologia. De acordo com a teoria adotada, a vida pode ter como elemento explicativo (ou unidade fundamental) o organismo, a célula, o gene ou algum elemento metafísico. A Biologia Teórica e as reflexões da Filosofia da Biologia podem ajudar nessas compreensões e as discussões permanecem abertas. | pt_BR |
dc.description.abstract | Abstract: Science/Biology education is structured mainly around studying the cell as the morphophysiological unit of life. However, the history of the cell concept construction is ignored and restricted to the description of Hooke's pioneering observation and the creation of the term in the 17th century, not referring to the contexts that may have influenced ideas about this scientific fact. However, when we examine scientific facts through a theory of science that considers the relationship between researchers and their object of study, it is possible to obtain answers about the processes of science. According to Ludwik Fleck's epistemology, knowledge is the historical and social product of the action of a community of researchers who are interested in the same problems, use the same methods and practices when interacting with the objects of knowledge, in other words, they share the same Style of Thinking, which guides the way of thinking and the procedures of this Thinking Collective. The central aim of this work is to investigate whether the production of the minimal cell by Synthetic Biology can result in a new style of thinking, as opposed to the one that guides the classical cell concept as the fundamental unit of life. To this end, two studies have been conducted. The first refers to analyzing historical episodes on the classical idea of the cell in primary sources and specialized articles on the subject. The second study analyzes contemporary episodes about the minimal cell (with a minimal synthesized genome) in scientific articles and science journalism texts. I tried to capture the researchers' directed perception (Style of Thinking) of the classic concept of the cell and the concept of the minimal cell, as well as the conception of life resulting from each of the identified styles of thinking, with the support of Georges Canguilhem's conceptions of life. This investigation happens through a qualitative approach, using documentary and bibliographical research as the method and documentary analysis as the instrument used to compile the data. Historical-epistemological analysis was applied as a data analysis technique based on the epistemological foundations of Ludwik Fleck. The results point to nuances or varieties of the mechanistic style of thinking that has historically guided the classical concept of the cell since its origin and its coexistence with the systemic style of thinking. Today, the concepts of the minimal and classical cells, even though considered distinct objects, are guided by the mechanistic style of thinking, emphasizing genome information. A transformation (Fleckian Mutation) in the styles of thinking requires an Intra-Collective and Inter-Collective Traffic of knowledge that does not seem to be in vogue today in Biology. According to the theory adopted, life can have as its explanatory element (or fundamental unit) the organism, the cell, the gene, or some metaphysical element. Theoretical Biology and the reflections of the Philosophy of Biology can help with these understandings, and the discussion remains open. | pt_BR |
dc.format.extent | 1 recurso online : PDF. | pt_BR |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language | Português | pt_BR |
dc.subject | Fleck, Ludwik, 1896-1961 | pt_BR |
dc.subject | Epistemologia | pt_BR |
dc.subject | Celulas | pt_BR |
dc.subject | Matemática | pt_BR |
dc.title | Da célula clássica à célula mínima : um estudo fleckiano sobre estilos de pensamento | pt_BR |
dc.type | Tese Digital | pt_BR |