dc.description.abstract | O design está intimamente ligado à
cultura material e visual de nossa sociedade
industrial. É uma área relativamente nova, com
pouco mais de um século de existência assim
como a antropologia em seu sentido estrito.
O design vai muito além de embelezar coisas.
Alguns pretendem prospectar o futuro, outros
o pensam como uma maneira de projeto que
visa melhorar a vida das pessoas e ainda há
aqueles que o consideram como uma forma de
arte e ou auto-expressão, e o nomeiam de design
autoral. Museus já expõem certos objetos
de design como arte e na antropologia Wendy
Gunn, Tim Ingold, George Marcus e tantos outros
já falam sobre design anthropology. Uma
sub-disciplina que visa fundir técnicas etnográficas
da antropologia com a prospecção,
experimentação de possíveis futuros que o
design normalmente busca. O presente artigo
tem o intuito de tratar algumas dessas questões
a partir de uma pesquisa etnográfica realizada
em Curitiba. Tendo como ponto de partida
a uma loja, que comercializa objetos de design
autoral e tem contato direto com muitos dos
designers com quem trabalham, como Sérgio
Rodrigues, um grande nome do design autoral
brasileiro. A pesquisa busca traçar uma análise
a partir da cadeia de produtores, vendedores,
compradores e criadores de objetos de design
autoral. Debatem-se questões que tangem a
funcionalidade, reprodutibilidade técnica, arte
e o movimento biográfico desses objetos que
ora são singularizados, ora mercantilizados. | |