A ESCOLA DE SAMBA MOCIDADE AZUL E AS NARRATIVAS DE (RE) CONSTRUÇÃO DA TRADIÇÃO NO CARNAVAL DE CURITIBA
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Data
2014-11-14Autor
Vanessa Maria Rodrigues Viacava
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Mostrar registro completoResumo
Entre 2008 e 2010 uma equipe de pesquisas
carnavalescas (DEAN e PPGA/UFPR)
entrou no “universo” das escolas de samba de
Curitiba e circulou em todas as agremiações
dos grupos A e B. Nesse período, a estrutura
carnavalesca passava por uma crise: a ausência
da escola de samba Mocidade Azul. O
drama da escola começou em 2006, quando a
escola promoveu uma reunião para solucionar
problemas com a prestação de contas com a
Fundação Cultural de Curitiba e membros da
diretoria entraram em conflito. Como ação reparadora
a escola se dividiu, surgiu uma nova
escola: a Leões da Mocidade. E, de outro lado,
ficaram os herdeiros dos “fundadores históricos”
que decidiram não desfila pelo novo grupo.
A continuidade da pesquisa mostrou que esse
“drama” motivou uma série de narrativas sobre
a Mocidade Azul entre as outras agremiações.
E em 2010 as histórias se tornaram mais evidentes
na Mocidade Azul, em sambas-enredos
que representavam histórias contadas para
eles sobre eles mesmos. Diante disso, essa comunicação
pretende analisar as performances
narrativas da escola de samba Mocidade Azul,
observando como essas histórias envolvem a
(re) criação da tradição da escola. Ao mesmo
tempo, admitindo que essa agremiação posiciona-
se como um elemento ímpar no contexto
carnavalesco da cidade, (porque polariza rivalidades
e negociações), observar a organização
no carnaval de Curitiba.