Avaliação dos fatores socioeconômicos e de saúde que afetam a doação de órgãos no Brasil

Abstract

Resumo: Este trabalho teve como objetivo realizar o mapeamento de fatores socioeconômicos e de saúde que afetam a taxa de doadores por milhão de habitantes considerando os dados federais históricos entre 2013 e 2021, extraídos a partir de fontes de dados públicas disponibilizadas peloGoverno Federal e pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). O modelo final convergido pelo estudo a partir da seleção de variáveis indica que há uma influência dos dados de Índice de Desenvolvimento Humano, número de Organizações de Procura de Órgãos e número de pessoas na lista de espera de transplantes na taxa de doação a nível estadual, sendo que todos esses fatores contribuem positivamente para que seja superada uma taxa de 12 doadores pmp. A partir do modelo logístico desenvolvido é possível realizar a simulação de políticas públicas que possuam como objetivo o aumento do número de doadores, tornando viável uma análise econômico-financeira de viabilidade de implantação a fimde garantir maior eficiência dentro dos gastos de saúde do Governo.

Abstract: The aim of this study was to map the socioeconomic and health factors that affect the donor rate per million inhabitants, taking into account historical federal data between 2013 and 2021, extracted from public data sources made available by the Federal Government and the Brazilian Organ Transplant Association (ABTO). The finalmodel converged by the study based on the selection of variables indicates that there is an influence of the Human Development Index data, the number of Organ Procurement Organizations and the number of people on the transplant waiting list on the donation rate at state level, with all these factors contributing positively to exceeding a rate of 12 donors pmp. Based on the logistic model developed, it is possible to public policies aimed at increasing the number of donors, making it possible to carry out an economic and financial analysis of the viability of implementation in order to ensure greater efficiency in government health spending.