Uso de controle biológico em doenças da cultura do cacaueiro (Theobroma cacao L) : uma perspectiva bibliométrica
Resumo
Resumo: O cacau é uma planta perene, da família Malvaceae, nativo da região Amazônica. Por bastante tempo o Brasil ocupou a posição de maior produtor mundial do cacau, porém devido a ocorrência de algumas doenças, o país perdeu esta posição de líder mundial, sendo atualmente o sexto maior produtor mundial. No Brasil, a cultura do cacau representa fonte econômica para produtores e agroindústrias de diversos estados. Como medidas para atenuar os impactos e perdas causadas pela diminuição da produção induzidas pelas doenças relacionadas a cultura, propõe-se o manejo integrado de doenças. Os atuais trabalhos científicos trazem diversos casos nos quais o uso do controle biológico torna-se uma alternativa viável e promissora no controle de doenças, complementando ou substituindo o uso de produtos químicos nos cultivos agrícolas. Dessa forma, o presente trabalho objetivou-se em realizar uma revisão de literatura e levantamento biométrico da produção científica sobre a utilização do controle biológico em doenças da cultura do cacaueiro. Para elaboração da revisão de literatura do tipo narrativa, foram utilizados preceitos do estudo exploratório, onde foi realizado um mapeamento do material científico no período de 1969 a 2023, incluindo artigos, livros, teses, monografia dentre outras fontes, cujo tema abordassem a cultura do cacau, o controle biológico, além das principais doenças do cacaueiro. Em seguida foi realizado uma análise bibliométrica de artigos relacionados ao tema, no período de 2001 a 2023, cujos dados foram obtidos nas bases Web of Science (WoS) e analisados no software RStudio por meio do pacote bibliometrix, gerando informações sobre a tendência, taxa de publicação, principais países influentes, principais instituições, palavras-chave, dentre outros aspectos. A pesquisa bibliométrica identificou apenas 42 publicações no mundo abordando o controle biológico de doenças na cultura do cacau, com uma taxa de crescimento anual de 5,12%. Os resultados apontaram que são poucas as pesquisas voltadas a temática em questão, porém nota-se uma tendência geral de aumento, principalmente nos últimos três anos, sugerindo assim interesse dos pesquisadores por práticas mais sustentáveis, necessidade de outras alternativas no controle de pragas e/ou doenças, além da exigência do mercado consumidor por práticas e manejos que substituam ou amenizem o uso de controle químico no cultivo agrícola.
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