Mortalidade do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) em função de diferentes moléculas químicas

Abstract

Resumo: O Brasil se destaca entre os maiores produtores de algodão (Gossypium hirsutum L.) do mundo. Trata-se de uma planta exigente quanto à qualidade do solo, muito influenciada pelo ambiente edáfico e sensível ao ataque de artrópodes-praga. Dentre as principais pragas do algodoeiro, se destaca o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), sobretudo pelos danos causados nas estruturas reprodutivas e no fruto, com forte influência na produtividade. Nesse contexto, esta praga, por se situar internamente às estruturas, para ser controlada exige muito conhecimento e técnica. Contudo, a despeito de um grande número de moléculas químicas registradas para o seu controle, ainda existe no meio agrícola mato-grossense ausência de conhecimento acerca da eficácia dos produtos ao longo das safras, agravado pela necessidade de que os produtos sejam bem conhecidos para integrarem esquemas de rotação de mecanismos de ação. Objetivou-se determinar a eficácia do controle do bicudo-do-algodoeiro em função de diferentes moléculas inseticidas registradas para o cultivo. Para isso, foram testados quinze dos principais produtos inseticidas registrados para o controle do bicudo do algodoeiro em ambiente de laboratório sob avaliações diárias de mortalidade. Observou-se que os inseticidas Suprathion 400 EC, Malathion, Polytrin, Singular BR, Talisman, Kaiso 250 LS, Ampligo, Legion, Lannate, Pirephos EC, Marshal Star, Curbix e Engeo Pleno causaram mortalidade acima de 80%, enquanto que os inseticidas Connect e Polo causaram mortalidade abaixo de 70% e foram classificados como de moderada eficácia de controle para a população e condições adotadas neste estudo