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    Temos de refazer tudo : poéticas da infância e máquna mitológica em Monteiro Lobato

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    R - T - ARTHUR AROHA KAMINSKI DA SILVA.pdf (2.910Mb)
    Data
    2024
    Autor
    Silva, Arthur Aroha Kaminski da
    Metadata
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    Resumo
    Resumo: Esta pesquisa aborda a relação da obra literária de Monteiro Lobato com uma dupla constituição identitária: a de uma poética da infância brasileira e de uma identidade cultural brasileira ancorada em uma narrativa de progresso nacional. Tal relação é abordada a partir das práticas lobatianas de importação de modelos arquetípicos folclóricos e literários europeus, e de narrativas ideológicas oriundas do positivismo francês e do contexto sociocultural angloamericano pós-revolução industrial. A investigação dessas relações e processos de importação e/ou intercâmbio é feita em três etapas. O primeiro capítulo se dedica ao rastreio das poéticas da infância da Europa Ocidental, especialmente aquelas relacionadas ao âmbito literário, e que guardam íntimos laços com a expansão e institucionalização do cristianismo ao longo da Antiguidade Tardia e Idade Média, com o Arcadismo e Romantismo, movimentos culturais dos séculos XVIII e XIX, com o surgimento da Psicanálise e Psicologia já na passagem do século XIX para o XX, e com a ascensão dos valores burgueses no contexto pós Revolução Industrial. Para tanto, são visitadas dezenas de referências e autores que tratam de tais temas, com destaque para o conceito de Poéticas da Infância de Roni Natov (2003). O segundo capítulo apresenta o contexto de Monteiro Lobato no Brasil, aborda sua atuação profissional como autor, editor e tradutor, e seus laços com a literatura, filosofia e teorias políticas europeias, bem como opera a análise direta de uma amostragem de textos de Lobato – que inclui títulos como Urupês (1918), A menina do narizinho arrebitado (1920), O Saci (1921), Negrinha (1920), Reinações de Narizinho (1931), Viagem ao Céu (1932), e As Caçadas de Pedrinho (1933) –, no intuito de demonstrar como se deu o processo de "abrasileirização" das poéticas da infância europeias no âmbito literário brasileiro. Tais análises são amparadas pela fortuna crítica de Lobato e nas correspondências escritas do próprio autor. O terceiro capítulo, por sua vez, foca sua atenção no projeto sociopolítico declarado Lobato, do qual sua produção literária e atuação editorial fazem parte. Este projeto se vincula intimamente ao contexto de ascensão das ideologias positivista e desenvolvimentista no Brasil, bem como à chegada do ideário da Escola Nova ao cenário nacional. Sob a luz do conceito de máquina mitológica de Furio Jesi (2014) analisa-se, nesta última etapa, a relação de Lobato e de suas poéticas da infância com esses movimentos ideológicos, bem como seus alinhamentos políticos fluídos – ora muito próximos do capitalismo norte-americano, ora mais aproximados a ideários de bem-estar social –, mas sempre alinhados a uma lógica de progresso industrial com traços positivistas que é a mesma ainda aplicada no ensino formal brasileiro e nos discursos políticos nacionais do século XXI. Para tanto, trabalha-se a análise direta e indireta de outra amostragem de textos de Lobato – que inclui América (1932), Geografia de Dona Benta (1935) e O Poço do Visconde (1937). O conjunto do trabalho, assim, objetivou certa autópsia/necropsia de construtos arquetípicos, artefatos arqueológicos imateriais e fósseis culturais que tem, ainda, impactos em nossa realidade cotidiana e que constituem fragmentos do "DNA cultural" brasileiro.
     
    Abstract: This research addresses the relationship between Monteiro Lobato's literary work and a double identity constitution: that of a Brazilian poetics of childhood and that of a Brazilian cultural identity anchored in a narrative of national progress. This relationship is approached from the Lobatian practices of importing archetypal European folkloric and literary models, and ideological narratives originating from French positivism and the Anglo-American postindustrial revolution sociocultural context. The investigation of these relationships of import and/or exchange processes is carried out in three stages. The first chapter is dedicated to the tracking of the Western European poetics of childhood, especially those related to the literary ambit, and that keep intimate ties with the expansion ant institutionalization of Christianity during Late Antiquity and Middle Ages, with Arcadism and Romanticism, cultural movements of the eighteenth and nineteenth centuries, with the emergence of Psychoanalysis and Psychology at the turn from nineteenth to twentieth century, and with the rise of bourgeois values in the post-industrial revolution context. To this end, dozens of references that deal with these themes are visited, with emphasis on the concept of Poetics of Childhood by Roni Natov (2003). The second chapter presents Lobato’s context in Brazil, and addresses his professional performance as an author, editor and translator, and his ties with European literature, philosophy and political theories, as well as performs a direct analysis of a sampling of Lobato’s texts – that includes titles such as Urupês (1918), A menina do narizinho arrebitado (1920), O Saci (1921), Negrinha (1920), Reinações de Narizinho (1931), Viagem ao Céu (1932), e As Caçadas de Pedrinho (1933) –, in order to demonstrate how the process of "Brazilianization" of European poetics of childhood took place in the Brazilian literary scope. Such analyses are supported by Lobato’s critical fortune, and by mail correspondences written by the author himself. The third chapter, in turn, focuses its attention in Lobato’s self-declared sociopolitical project, of which his literary production and editorial activities are part of. This project is intimately linked to the rise of positivist and developmentalist ideologies in the Brazilian context, as well to the arrival of the New Education movement to Brazilian national scenery. Under the light of Furio Jesi's concept of Mythological Machine (2014), the relationship between Lobato and his poetics of childhood with these ideological movements is analysed, as well as his fluid political alignments – sometimes very close to North American capitalism, sometimes closer to ideas of social welfare –, but always aligned with an industrial progress with positivist traces logic, that is still applied in Brazilian formal education and in Brazilian national political discourses during the twentyfirst century. To this end, the chapter also contain several direct and indirect analyses of another sampling of Lobato’s texts – that includes América (1932), Geografia de Dona Benta (1935) e O Poço do Visconde (1937). The whole research, therefore, aimed at a certain autopsy/necropsy of archetypal constructs, intangible archaeological artifacts and cultural fossils that still have impacts on Brazilian daily reality and that constitute fragments of the Brazilian "cultural DNA".
     
    URI
    https://hdl.handle.net/1884/88591
    Collections
    • Teses [247]

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