Formaçao humana e educaçao profissional : propostas oficiais e seus impactos na formaçao dos indivíduos
Resumo
Resumo: A concepção de educação de massas presente no ideário da sociedade capitalista separa Formação Humana e Educação Profissional. Em sua lógica o domínio privado dos meios de produção permite a hierarquização da apropriação dos frutos do trabalho humano. No Brasil a partir da década de 30 os problemas da qualificação da mão-de-obra foram sendo solucionados atendendo a demandas específicas do mercado de trabalho, sem que se desenvolvesse um planejamento global que articulasse efetivamente educação e trabalho, ou seja, que equilibrasse o desenvolvimento da capacidade de trabalhar tecnicamente e industrialmente e o desenvolvimento das capacidades de trabalho intelectual, que superasse a dualidade entre formação para o pensar e para o fazer. Décadas depois do inicio da caminhada em prol do desenvolvimento da educação profissional no Brasil, significativas mudanças começaram a ocorrer no mundo do trabalho a partir da década de 80, e mais intensamente durante a década de 90. A proposta do PLANFOR - Plano Nacional de Qualificação do Trabalhador 1995/2002 favorece a existência de cursos de curta duração, sem exigência de escolarização mínima, e elaboração de metas para um processo de educação continuada. Sua proposta e justificou-se formalmente pela necessidade de adaptar a força de trabalho a nova condição produtiva. Entretanto, além do discurso, as propostas concretas continuaram separando a educação dos trabalhadores em diversas categorias que apontam desenvolver conhecimentos e capacidades muito diferenciadas, os quais tem por objetivo o ajustamento ao mercado de trabalho que é cada vez mais diferenciado e excludente.