A política de valorização do café de 1906

Abstract

Resumo : Durante o século XIX, na economia brasileira, o café foi o principal produto de exportação do país, sendo o maior gerador de divisas naquele momento. O crescimento da produção cafeeira em detrimento do deslocamento do eixo da produção do Vale do Paraíba para o oeste paulista colocou o Brasil como o maior produtor mundial. Nos anos iniciais do século XX, houve um descompasso entre a oferta e a demanda mundial e, esse excesso produtivo culminou nas crises de "superprodução". Para remediar este problema e seus possíveis efeitos que poderiam colocar em crise a economia brasileira, fez-se necessário uma política de valorização do café, idealizado por meio do Convênio de Taubaté, que teve a participação dos três governadores dos principais estados produtores: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O presente trabalho buscará mostrar como se deu a política de valorização colocada em prática, realizada primeiramente pelo estado de São Paulo em conjunto com os comerciantes estrangeiros ligados ao sindicato organizado por Hermann Sielcken. Contou-se com a ajuda de importantes autores que se dedicaram ao entendimento das medidas adotadas em benefício da defesa dos preços do café, as quais levaram a monopolização comercial pelas firmas estrangeiras